“Sejam felizes na Universidade de Verão do PSD”, diz o director da iniciativa

As regras estão explicadas, os trabalhos abertos. Em Castelo de Vide, os jovens já estão a aprender política.

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A Universidade decorre até ao próximo fim-de-semana Miguel Madeira/Arquivo

A edição de 2016 da Universidade de Verão do PSD começou esta segunda-feira com uma ideia: “Para nós, formar não é formatar”. Simão Ribeiro, líder da JSD, não foi o primeiro a falar na abertura dos trabalhos (Carlos Coelho, o director, discursou antes), mas foi ele que melhor falou a linguagem dos jovens. Disse-lhes que haviam de ser testados até ao limite e que conheceriam uma nova definição para a palavra “trabalho”. E explicou o que queria dizer com “formar não é formatar”. “Quanto mais pensarem pela vossa cabeça, melhor será o contributo que dão ao país. É isso que vamos estimular”, disse o presidente da jota. E a seguir, desafiou: “Apertem o cinto, a viagem começa agora.” Começaria dentro de algumas horas, mas não “agora”. Primeiro ainda havia de falar Pedro Reis, presidente do Instituto Sá Carneiro, Jorge Moreira da Silva, primeiro-vice-presidente do PSD.

Na sua declaração de cinco minutos – o limite temporal é estabelecido previamente – Pedro Reis falou dos objetivos do Instituto Sá Carneiro, a que preside e que é parceira do PSD, do PPE e da JSD na organização da Universidade. Resumiu tudo numa palavra: abertura. “Abertura a pessoas, a temas e a iniciativas”, disse. Também explicou que o site do Instituto será renovado e que a discussão será arejada e as portas e janelas abertas a gente válida. “Para não estarmos sempre à volta dos mesmos”, justificou, falando ainda no grande desafio do PSD que é “afirmar uma alternativa, porque os portugueses precisam de esperança, gerar um novo ímpeto reformador e chegar a mais gente”.

No seu breve discurso, o vice-presidente do PSD Jorge Moreira da Silva, que falou a seguir, começou por recordar aquele momento em que chegou à política, ao recolher duas mil assinaturas para resolver um problema na sua escola secundária. “Ninguém esquece o momento em que começa a sua participação cívica”, disse aquele que se designou como o “orador com mais presenças” na Universidade de Verão. “Consegui ultrapassar o Presidente da República que nos últimos dois anos não pôde vir”.

Politicamente, as palavras de Jorge Moreira da Silva andaram em torno da vida das cidades, da mobilidade e da energia, mas também serviram para atacar o actual Governo socialista. “O Governo das esquerdas tem como único objectivo resgatar o passado na Europa, no Estado, em Portugal. Tem medo do futuro. E, por isso, os verbos que conjuga são recuar, reverter, revogar”, criticou. E depois avançou: “Nós queremos construir o futuro com inconformismo (…). Assumimos o reformismo como o nosso principal método.”

O fim de tarde, em Castelo de Vide, prosseguiu com um jantar formal de abertura da universidade (ainda discursaram António Nobre Pita, autarca local, e Duarte Freitas, presidente do PSD) e com os primeiros trabalhos escolares: uma reunião com os diversos grupos entretanto criados e outra com os seus coordenadores. A iniciativa decorre até domingo, dia 4 de Setembro, no Hotel Sol e Serra.

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