Rui Moreira tem a ambição de ganhar as eleições para todos os órgãos autárquicos

Candidato independente entregou nesta quinta-feira as listas no Palácio da Justiça, no Porto

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Rui Moreira vai disputar em Outubro a Câmara do Porto PAULO PIMENTA

O independente Rui Moreira, que vai disputar pela segunda vez a presidência da Câmara do Porto, declarou nesta quinta-feira que tem a “ambição de ganhar as eleições para todos os órgãos autárquicos” a que concorre e disse que neste combate estão envolvidos 334 candidatos (incluindo à assembleia municipal e às sete freguesias e uniões de freguesia da cidade).

À entrada do Palácio da Justiça, minutos antes de entregar as listas no tribunal, Rui Moreira revelou que foram recolhidas 30 mil assinaturas, mas apenas foram validadas 23 mil. Segundo explicou, as sete mil assinaturas que não foram validadas têm a ver com o facto de quem as subscreveu serem pessoas que “vivem no Porto, mas não estão recenseadas” na cidade.

Na ocasião, o candidato declarou aos jornalistas que a recolha de assinaturas foi “um grande exemplo de cidadania”. “Esta é uma fase importantíssima para um movimento independente fazer este trabalho hercúleo com a ajuda de muitas pessoas. É um grande exemplo de cidadania, até por contraste com aquilo que se passa com os partidos, que não têm este problema”, sublinhou.

De acordo com um documento distribuído pela candidatura, “o número de assinaturas recolhidas para todos os órgãos autárquicos excede em 60% o mínimo exigido por lei [para os movimentos de cidadãos eleitores]. Para a câmara municipal, o número de assinaturas apresentadas superou em 84% o requerido”.

Questionado sobre o número de assinaturas apresentadas para o município ter excedido em 84% o valor previsto por lei, o candidato respondeu: “Foi uma adesão grande, mas também é nossa convicção que a recolha de assinaturas, ela própria, se torna num factor motivador para a população, se transforma num acto de campanha muito interessante”.

O documento refere que Rui Moreira se apresenta ao combate das autárquicas de Outubro com “o intuito de ganhar as nove eleições depois de ter conquistado a câmara em 2013 sem maioria absoluta, com 39,25% dos votos, e de ter sido obrigado a fazer um acordo de governação com o PS”. Sucede que, em Maio, o presidente da Câmara do Porto e candidato a um segundo mandato pôs um ponto final no acordo com o PS que, a cinco meses das eleições, se viu obrigado a encontrar um candidato, o vereador Manuel Pizarro, para disputar as eleições com Moreira.

A nota informa, por outro lado, que desta vez, Rui Moreira colocou “especiais cuidados no processo, depois dos problemas registados noutros concelhos há quatro anos e de a Assembleia da República ter aceitado alterar alguns preceitos relativos a candidaturas independentes", a seu pedido.

Tal como há quatro anos, o independente conta com o apoio formal do CDS-PP e do Movimento Partido da Terra. Em 2013, a vitória eleitoral de Rui Moreira foi a surpresa da noite, tendo conquistado seis lugares no executivo.

A lista que encabeça para a câmara aposta em vários vereadores do executivo, desde logo Filipe Araújo (tutela o pelouro do Ambiente), em segundo lugar, e Ricardo Valente (vereador do Desenvolvimento Económico e Social desde 2016 e que em 2013 foi eleito como independente pela lista do PSD), na quarta posição. O candidato deu o terceiro lugar a Catarina Araújo (a primeira novidade em relação a 2013), e o quinto lugar é ocupado por Pedro Baganha (ex-adjunto do vereador do Urbanismo, Manuel Correia Fernandes, eleito nas listas do PS, e, desde Maio, administrador da empresa municipal de Gestão de Obras Públicas).

Os outros vereadores são: Cristina Pimentel (Mobilidade), Fernando Paulo (ex-director municipal da presidência e presidente do conselho de administração da empresa municipal Domus Social), e Manuel Aranha, vereador do Comércio, Turismo e Fiscalização desde 2015, que ocupam o sexto, sétimo e oitavo lugar, respectivamente.

Quanto à lista para a assembleia municipal, Rui Moreira desta vez apostou em Miguel Pereira Leite, que preside àquele órgão desde Fevereiro de 2014, após a inesperada demissão de Daniel Bessa logo no início do mandato.

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