Receitas fiscais de Setembro podem ser “uma surpresa boa”, diz Marcelo

Presidente da República diz-se convicto que o objectivo de 2,5% do défice vai ser cumprido.

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Marcelo espera ver as receitas fiscais a crescerem até ao final do ano Rui Gaudencio/Publico

O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou nesta terça-feira que o valor das receitas fiscais de Setembro “talvez possa ser uma surpresa boa”. Uma surpresa positiva “no sentido de que as receitas permitam atingir” o objectivo do Governo de manter o défice das contas públicas abaixo dos 2,5%.

Marcelo reagia assim às dúvidas manifestadas pela Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) quanto à capacidade do Governo em cumprir as metas relativas à receita fiscal. “Acredito que o défice vai ficar em 2,5%”, afirmou o Presidente da República  aos jornalistas, à margem da inauguração do Museu da Música Mecânica, no Pinhal Novo.

Se as receitas fiscais crescerem em Setembro, esse é um padrão que o Presidente espera ver repetir-se em “Outubro, Novembro e Dezembro”. “Como as despesas estão muito contidas, vai dar para manter os 2,5%”, adiantou Marcelo Rebelo de Sousa. “Não estou nesse ponto preocupado”, assegurou o chefe de Estado.

Numa nota sobre a execução orçamental até Agosto divulgada nesta terça-feira, a UTAO assinalou que o Estado tem de arrecadar 17.434 milhões de euros até ao final do ano para alcançar o objectivo de receita fiscal previsto no orçamento de 2016 e considerou que esta evolução "não se afigura verosímil".

Quanto às previsões do FMI para o crescimento económico em Portugal, o Presidente da República notou que os dados apontam para "um crescimento à volta de 1%" e, "aparentemente, acima de 1% e não abaixo, como se chegou a dizer”. Aí não há novidade, assegurou Marcelo Rebelo de Sousa.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou esta terça-feira, em Washington, o relatório Perspectivas da Economia Mundial, onde reafirma as previsões já conhecidas para a economia portuguesa: um crescimento de 1% este ano e de 1,1% no próximo. 
Para o desemprego é projectada uma taxa de 11,2% este ano, com uma redução para 10,7% em 2017.

 

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