Rebelo de Sousa antevê Conselho de Estado a pensar num futuro com “muitas incógnitas”

O Presidente da República convocou o Conselho de Estado para a próxima segunda-feira.

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Rebelo de Sousa faz parte do Conselho de Estado Miguel Madeira

O comentador Marcelo Rebelo de Sousa considerou que o próximo Conselho de Estado vai ser um debate centrado no “futuro”, mas que o mesmo vai decorrer “cheio de pontos de interrogação” e com “muitas incógnitas”.

“É um debate muito interessante, mas em que há muitos pontos de interrogação, muitas incógnitas”, afirmou o também conselheiro de Estado.

Para o professor universitário e ex-líder social-democrata, o Conselho de Estado vai servir para o Presidente da República “ouvir o que é que os conselheiros pensam sobre o mundo, a Europa e Portugal, daqui a um ano, um ano meio, dois anos, três anos, quatro anos”.

“É um tema muito interessante, mas cheio de pontos de interrogação para o futuro”, alertou.

Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas em Portalegre, à margem da apresentação do médico Jaime Azedo como candidato do PSD ao município nas eleições autárquicas deste ano.

Durante a apresentação do candidato, que decorreu no Museu de Tapeçarias Guy Fino, foi também anunciado que o secretário-geral do PSD, José Manuel Matos Rosa, será o candidato à Assembleia Municipal de Portalegre.

O Presidente da República convocou o Conselho de Estado para a próxima segunda-feira, ao abrigo do artigo da Constituição que estabelece que compete a este órgão “aconselhar o Presidente da República no exercício das suas funções, quando este lho solicitar”.

Esta é a décima reunião do Conselho de Estado, o órgão político de consulta do Presidente da República, desde que Cavaco Silva é chefe de Estado.

A convocatória de Cavaco Silva surge um dia depois de o Governo ter aprovado as condições da contribuição de sustentabilidade do sistema de pensões, também chamada de “TSU dos pensionistas”, numa reunião extraordinária do Conselho de Ministros, que confirmou as condições necessárias ao fecho da sétima avaliação da troika.

De acordo com Marcelo Rebelo de Sousa, o Conselho de Estado vai também contar com interrogações porque “falta saber qual vai ser o resultado da eleição na Alemanha, falta saber que posição toma a Alemanha, se quer mesmo a união dos bancos ou não quer”.

“Falta saber até onde querem ir os vários países em termos de força do euro e em termos de futuro político da União Europeia”, acrescentou.

Neste debate centrado no “futuro”, Marcelo Rebelo de Sousa acredita ainda que vai ser discutida a “situação dos bancos, a situação das economias e das moedas”.

“É uma discussão muito importante, mas em que muitas peças faltam, como é natural”, observou. 

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