Numa reunião de pouco mais de 20 minutos, os deputados do PSD foram informados de que a bancada vai apresentar propostas de alteração ao Orçamento do Estado (OE) para 2017 em áreas “estruturantes” como o crescimento económico e o emprego.

No final da reunião, Luís Montenegro, líder da bancada, reiterou não haver condições para começar a discussão do OE sem os dados das estimativas das receitas e despesas até Setembro que estão em falta e que estão pedidos ao Governo desde a passada terça-feira. “Não é possível começarmos a discussão já na próxima semana com a audição do ministro das Finanças sem termos toda a informação”, afirmou aos jornalistas. “Não se pode deixar de exigir que o Governo faça jogo limpo”, reforçou. Desde esta quinta-feira que o PSD tem vindo a aumentar a pressão sobre o Governo por causa dos dados em falta. O líder da bancada parlamentar assume agora que "se a documentação não chegar o debate está inquinado e não há condições para fazer um debate sério".

Luís Montenegro confirmou – como revelou em entrevista ao PÚBLICO Pedro Passos Coelho – que o PSD vai apresentar propostas de alteração ao OE, mas não vai entrar em “leilão”. As propostas serão em “áreas estruturantes” como o crescimento económico e o emprego já que o PSD mantém que o OE é da responsabilidade da esquerda. “Não vamos entrar no campeonato das propostas”, sublinhou.

Esta posição representa uma mudança de estratégia do PSD face ao OE de 2016 – em que não entregou nenhuma alteração – e que Luís Montenegro justifica com o insucesso da estratégia adoptada pelo Governo. Já a posição relativamente às propostas das restantes bancadas, o líder do grupo parlamentar social-democrata disse ainda “não estar fechada” e que será revelada em “tempo próprio”. 

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