PSD força eleições para fiscalização das "secretas" com nome de Teresa Morais

Luís Montenegro desafia deputados de "todas as bancadas" a dar "resposta democrática"

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Nuno Ferreira Santos

O PSD vai pedir a marcação de eleições para o conselho de fiscalização das “secretas” com o nome da social-democrata Teresa Morais, independentemente de ser subscrito pelo PS.

As eleições para o Conselho de Fiscalização do Serviço de Informações da República Portuguesa (CFSIRP) exigem dois terços dos deputados e um entendimento entre os dois maiores partidos. Depois de o PS ter considerado o nome da ex-ministra como não tendo o perfil adequado para o cargo, o PSD decidiu levar a deputada a votos por considerar que "tem um currículo inatacável", além de já ter sido membro do CFSIRP entre 2004 e 2011 "com o respeito e reconhecimento de todos os partidos", segundo o líder parlamentar do PSD.

Luís Montenegro falava aos jornalistas no final da reunião da bancada em que a decisão foi comunicada aos deputados. "Sabemos que carece de dois terços dos deputados, lançamos a candidatura com esta força com esta personalidade que tem um currículo intocável e esperamos que todos os partidos e deputados de todas as bancadas possam dar a resposta democrática", afirmou o líder da bancada do PSD, acrescentando que "o PS não pode ter a pretensão de condicionar tudo e todos".

Luís Montenegro vai nesta quinta-feira à tarde solicitar ao presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, a marcação de uma data de eleições - que já tiveram de ser adiadas uma vez por falta de entendimento com o PS - e desafiou os socialistas a "demonstrar" que "sabem mais" do que Teresa Morais na audição parlamentar que precede a eleição para o órgão de fiscalização das secretas.

"Não estamos numa birra do PSD, é uma questão de princípio", afirmou o líder da bancada. Questionado sobre se o nome da candidata foi falado entre o líder do PSD, Passos Coelho, e o primeiro-ministro António Costa, a propósito da nomeação recente do secretário-geral do SIRP, Luís Montenegro revelou que essas conversas ocorreram "há mais de seis meses" pelo que o nome de Teresa Morais não poderia ter sido referido.

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