PSD critica silêncio de “protagonistas” face aos problemas na educação

Conferência sobre “A Organização e a Modernização da Educação em Portugal" decorre este sábado em Coimbra.

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Adriano Miranda

O líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, criticou, este sábado, em Coimbra, o silêncio de um "conjunto de protagonistas" face aos problemas que afectam a educação.

“Há, de facto, um conjunto de protagonistas que optaram por intervir no espaço público através do silêncio”, constatou Luís Montenegro, que falava na abertura da conferência do PSD sobre “A Organização e a Modernização da Educação em Portugal”, que decorre em Coimbra.

Para o líder parlamentar, o PSD tem de perceber o que “está bem e o que está mal” no sector, desejando aos participantes no evento - uma plateia com cerca de uma dezena de jovens - para que olhem para a educação “não numa perspectiva com excessiva partidarite, mas sobretudo preocupados em olhar para os problemas”.

Segundo Luís Montenegro, há hoje vários problemas “com colocações com professores, há muitos problemas com as transferências do Orçamento do Estado, há vários segmentos do sistema que estão asfixiados porque não recebem aquilo que é o compromisso de financiamento do Estado e as escolas estão a viver, grosso modo, com menos 10% de os meios do que aqueles que tinham há um ano atrás”.

Há um ano, frisou, o Governo PSD/CDS era acusado de “colocar em causa a escola pública”, sendo que no presente ano, com um executivo socialista, “não tem problema nenhum”. E sublinhou: “Ninguém ou quase ninguém se manifesta.”

Em Coimbra, “sabem mais disso do que eu, que estão mais próximos do grande ícone do silêncio do sector da educação em Portugal”, afirmou, referindo-se, de forma indirecta, ao líder da Fenprof, Mário Nogueira, que ainda em Agosto criticou o Governo por os professores colocados não responderem às necessidades permanentes das escolas.

A conferência do PSD conta com a participação, ao longo do dia, de especialistas como o presidente do Conselho Nacional de Educação, David Justino, o presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas, Filinto Lima, ou o ex-ministro da Educação do segundo Governo de António Guterres, Júlio Pedrosa.

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