PSD acusa Sócrates de ter mentido sobre os encargos com as PPP

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Luís Menezes DR

Luís Menezes, vice-presidente da bancada do PSD, acusou nesta quinta-feira o ex-primeiro-ministro do PS José Sócrates de ter mentido em relação às parcerias público-privadas, quando afirmou na RTP que “em 2005 os encargos com as PPP eram de cerca de 16 mil milhões de euros, e em 2012 esse valor foi de quase 23 mil milhões de euros". As PPP no tempo do anterior Governo socialista aumentaram 16 mil milhões de euros para os portugueses", disse.

Com base nos indicadores relativos aos Orçamentos do Estado para 2005 e 2012, “o que aconteceu nos últimos seis anos de governação socialista foi uma quase duplicação dos encargos dos portugueses em PPP", disse Luís Menezes, em declarações aos jornalistas no Parlamento, acrescentando que os dados sobre as PPP mencionados na entrevista por José Sócrates são “mentira” e “um verdadeiro embuste”.

Em entrevista à RTP, José Sócrates afirmou que os seus executivos deixaram menos encargos futuros com PPP do que os que tinham herdado do Governo PSD/CDS-PP chefiado pelo seu antecessor, Pedro Santana Lopes. E acrescentou que “os encargos líquidos para futuro com PPP em 2005 eram de 23 mil milhões de euros e em 2012 tinham descido para 19 mil milhões de euros”. Sobre as Scut (auto-estradas sem custos para o utilizador), o ex-governante reclamou ter herdado encargos de 10 mil milhões de euros e referiu que em 2012, depois de terem sido colocadas portagens nalgumas dessas vias, o seu valor tinha passado para 4 mil milhões de euros.

Afirmando que “não vale a pena brincar com os números”, o vice-presidente da bancada social-demcorata referiu que os números evidenciados pelo ex-primeiro-ministro "estavam errados". "Os encargos líquidos com as PPP não foram de 23 mil milhões de euros em 2005, segundo disse o engenheiro José Sócrates. Foram de 15.911 milhões de euros", sustentou.

Num documento distribuído aos jornalistas pelo PSD, lê-se que em 2005 os "encargos brutos" com estas parcerias eram de 15.911 milhões de euros, todos correspondentes a impostos, e em 2012 de 32.538 milhões de euros, dos quais 14.502 milhões correspondentes a impostos e 18.036 correspondentes a portagens.
 

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