PSD acusa Governo de paralisar o país com as reversões em curso

Os sociais-democartas aproveitarão a interpelação ao Governo, com uma duração aproximada de duas horas, para acusar o Governo de paralisia e situacionismo e de ter parado ou revertido reformas estruturais.

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A interperlação do PSD ao Governo terá como tema a reforma do Estado Daniel Rocha

O PSD vai acusar hoje o Governo socialista de paralisia e situacionismo e de ter parado ou revertido as reformas estruturais conduzidas pelo anterior executivo, numa interpelação sobre "Reforma do Estado e Acesso aos Serviços Públicos".

"Ao longo de quase ano e meio de governação, o país paralisou e tudo aquilo que eram reformas estruturais que estavam a ser levadas a cabo pelo anterior Governo ou pararam ou foram revertidas", defendeu o vice-presidente da bancada do PSD Hugo Soares, em declarações aos jornalistas.

Para o deputado social-democrata, esta atitude tem consequências "na administração pública, nos serviços que são prestados aos cidadãos, sobretudo nos serviços mais básicos".

"Não é por acaso que são conhecidas todos os dias notícias de escolas com problemas de funcionamento, da degradação dos serviços de saúde, dos transportes públicos e, agora, até de questões ligadas à segurança pública", referiu, explicando que o objetivo da interpelação de hoje é confrontar o Governo com "o legado de reformas estruturais" do anterior executivo PSD/CDS e "o situacionismo" do atual executivo.

Hugo Soares acusou o Governo minoritário PS, apoiado no Parlamento por posições conjuntas assinadas com BE, PCP e Verdes, de "não governar, mas ter uma navegação à vista, do dia-a-dia".

Questionado sobre as reformas estruturais da autoria do anterior executivo, Hugo Soares salientou que o PSD recusa "lições de reformismo" do Governo.

"Nenhum outro governo tinha tido a coragem de, por exemplo, extinguir os governos civis, de reduzir o número de fundações, de fazer uma profunda reforma na área da justiça, de libertar a economia de privilégios que eram absurdos, de tirar o Estado da economia onde este Governo quer voltar a pôr, por vezes de forma muito pouco transparente", elencou.

A interpelação do PSD ao Governo, com uma duração aproximada de duas horas, terá a presença, do lado do executivo, da ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, e do ministro Adjunto, Eduardo Cabrita.

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