PS realça “dados positivos em linha com o esperado” da execução orçamental

João Galamba diz que a sobrevivência de Passos Coelho na liderança do PSD depende da existência de uma “catástrofe” e aconselha-o a “ler com mais atenção” os dados da execução.

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João Galamba Daniel Rocha

“A despesa aumentou abaixo do orçamentado e a receita aumentou acima do orçamentado” e, por isso, os dados “são positivos e em linha com o esperado”, congratula-se o PS com os números da execução orçamental de Abril conhecidos esta quarta-feira.

A análise é do deputado socialista João Galamba, que realçou que o dado “relevante” que mostra “quão próximo ou distante” o país está do objectivo do défice é o facto de a taxa de execução ter sido de 29,7% enquanto há um ano era de 31%. “Face ao objectivo anual estamos com uma taxa de execução melhor que no ano passado”, vincou perante os jornalistas, lançando críticas a Pedro Passos Coelho que uma hora antes criticara os dados da execução orçamental a partir da sede do PSD.

“Ao contrário do que disse o ex-primeiro-ministro, os dados não são negativos. São positivos”, disse João Galamba, que aproveitou para um remoque: “Devia ler com mais atenção e mais detalhe, e olhar para a taxa de execução e, sobretudo, olhar para a sua própria execução [em 2015].”

Para o porta-voz do PS, a explicação para as críticas do líder do PSD à governação socialista está na necessidade de “sobrevivência política de Pedro Passos Coelho”: “É natural que alguém que depende de uma catástrofe veja catástrofes em todo o lado – é uma forma de sobrevivência.”

Questionado sobre o facto de o ministro das Finanças alemão ter defendido que não se devem adiar as sanções económicas a Portugal e Espanha, João Galamba disse ver essa posição “com estranheza e perplexidade”, uma vez que ainda em Outubro Wolfgang Schäuble tinha defendido que “este Governo não se podia desviar do caminho de sucesso do anterior (…) Era um pecado o desvio, agora passou a ser uma obrigação o desvio.” Mas recusou que Schauble ou qualquer outro ministro das Finanças possa fazer avisos sérios a outros países já que “são as instituições europeias que decidem”.

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