PCP e PEV regressam de férias com Orçamento na agenda

Deputados regressaram ao hemiciclo após as férias.

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Parlamento regressou ao trabalho MANUEL DE ALMEIDA

Na primeira sessão plenária após as férias, a bancada comunista quis assinalar no Parlamento as suas reivindicações para o Orçamento do Estado (OE) para 2018: aumento do salário mínimo, mais dias de férias para os trabalhadores, reposição das freguesias e alteração do regime de concurso de professores. Os socialistas não acompanharam.

Foi pela voz do vice-presidente da bancada do PCP António Filipe que o partido assinalou o que é preciso ainda fazer para “reverter as malfeitorias impostas pelo governo PSD/CDS”, depois de reconhecer que a viragem conseguida ainda fica “aquém” do desejado. Os comunistas querem acelerar o aumento do salário mínimo para 600 euros já em 2018, fixar 25 dias úteis de férias para os trabalhadores do sector público e privado e repor as freguesias extintas em 2013.

A deputada socialista Vanda Guimarães fechou as duas portas ao dizer que tanto o aumento do salário mínimo como o número de dias de férias são fixados em concertação social. O recado foi ouvido na bancada do CDS. Nuno Magalhães, líder parlamentar, perguntou o que fará o PCP se as reivindicações para o OE forem recusadas. “É caso para dizer que o PCP é só fumaça”, gracejou o centrista.

Pelo PSD, o deputado José Cesário referiu carências nos serviços públicos seja na demora das consultas ou nos “professores colocados a 300 quilómetros”. António Filipe ripostou: “Reconheça o estado catastrófico em que o seu governo deixou os serviços públicos. Não seja sectário. Quando o PCP faz propostas para resolver os problemas, não vote contra”.

No período de declarações políticas, Heloísa Apolónia, do Partido Ecologista Os Verdes, deixou o seu caderno de encargos para o próximo OE: descongelamento da progressão da carreiras, maior progressividade no IRS, maior combate à precariedade, a necessidade premente da revisão  do código de trabalho.

O BE, pela voz de Jorge Costa, apelou a que se acabe com as rendas excessivas na energia enquanto o PS trouxe o tema da educação. PSD e CDS optaram por marcar um debate de actualidade sobre o alegado roubo de Tancos para a rentreé parlamentar. 

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