Passos acusa Governo de ter actuação "quase criminosa" no Novo Banco

Líder do PSD teme que problema da CGD venha a rebentar nas "mãos" dos portugueses.

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Passos acolheu propostas do PS sobre a criação de um banco do fomento e da reabilitação urbana Daniel Rocha

O líder do PSD Passos Coelho subiu o tom das críticas à actuação do Governo sobre o sistema bancário. O líder social-democrata aconselhou nesta quarta-feira António Costa a “exercer o mandato de primeiro-ministro com outra serenidade e a escolher melhor as palavras que utiliza" sobre a banca. 

Referindo-se à forma como o Governo tem vindo a actuar sobre o sector, Passos Coelho considerou que essa intervenção tem contribuído para a “destruição de valor nos bancos portugueses nas últimas semanas”. “Já foi assim com o Banif, o que está a acontecer com a Caixa é intolerável e o que se está a passar na véspera da venda do Novo Banco é quase criminoso”, apontou, em declarações aos jornalistas no Parlamento. O PSD tem criticado as contradições sobre o processo de recapitalização e as notícias que considera serem colocadas pelo Governo nos jornais sobre a situação do banco público.

Relativamente à Caixa Geral de Depósitos, o líder social-democrata também foi duro nas críticas ao Governo. "Disse recentemente que a forma como o Governo e, em particular, o ministro da Finanças [Mário Centeno] têm tratado esta matéria vai acabar por rebentar nas mãos do Governo, o que até é o menos mau. O problema é que isto pode rebentar nas mãos e nos bolsos de todos os portugueses", afirmou. 

 

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