Parlamento português unânime na condenação do ataque de Londres

Deputados lembram que o Parlamento britânico é a "sede da democracia e da vontade popular" e enaltecem "gesto de coragem" do deputado que tentou reanimar um polícia.

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MANUEL DE ALMEIDA/Arquivo

A Assembleia da República aprova nesta sexta-feira por unanimidade um voto de condenação pelo ataque de anteontem, em Londres, que fez regressar o “terror” à Europa apenas um ano depois do atentado em Bruxelas, e de pesar às famílias das vítimas, ao Reino Unido e ao povo britânico.

“O Parlamento britânico, sede da democracia e da vontade popular, foi o palco de um ataque bárbaro aos valores da liberdade e da vida humana, reivindicado uma vez mais pelo Daesh”, lê-se no voto.

O documento apresentado pelo presidente do Parlamento, por todas as bancadas e pelo deputado único do PAN manifesta “solidariedade” com o Reino Unido, “povo amigo e nosso mais antigo aliado”, e “admiração” pela “prontidão e bravura” das forças de segurança. Para além do socorro às vítimas na ponte de Westminster, as autoridades têm feito diversas operações desde então para deter implicados no atentado.

São já cinco as vítimas mortais – uma delas o atacante, que foi abatido pela polícia – e ainda estão hospitalizadas cerca de 30 pessoas, seis delas em estado crítico. O ataque foi entretanto reivindicado pelo autoproclamado Estado Islâmico. A polícia britânica identificou Khalid Masood, de 52 anos, como sendo o autor do ataque.

“Como parlamentares, não podemos deixar de ter uma palavra especial para com os nossos homólogos britânicos que viram o seu debate democrático interrompido pela cobardia terrorista. Perdurará na nossa memória a coragem do deputado e subsecretário de Estado Tobias Ellwood a procurar reanimar Keith Palmer, agente da polícia mortalmente esfaqueado”, escrevem os deputados portugueses.

E acrescentam: “São estes gestos de coragem que devem inspirar as autoridades policiais e judiciais britânicas na procura da verdade e da justiça. É este exemplo de vida e liberdade que nos deve fazer reafirmar os nossos valores democráticos quando procuramos a paz e a segurança.”

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