Oposição a Cristas critica proposta de 20 estações de metro

Filipe Lobo d'Ávila disse não conhecer "o plano, a calendarização e o financiamento" da proposta.

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Filipe Lobo d'Ávila Martin Henrik

A proposta de construir 20 novas estações de metro em Lisboa, apresentada em pleno debate quinzenal por Assunção Cristas está a originar críticas externas e internas. Filipe Lobo d’Ávila, que liderou a lista alternativa à da direcção do CDS ao Conselho Nacional, escreveu no Facebook que à ideia da líder do CDS falta, pelo menos, "o plano de calendarização e o financiamento".

Numa nota publicada naquela rede social, o deputado considerou que “Lisboa é importante, mas o país não se esgota nem se resume” à capital e assumiu não conhecer “o plano, a calendarização e o financiamento”. O texto foi redigido horas depois de a candidata do CDS a Lisboa ter aproveitado o debate com o primeiro-ministro para lançar a proposta de criar 20 novas estações de metro, ligando este meio de transporte à periferia.

“Não sei se se esgota em Lisboa ou se há ideias idênticas para outros metropolitanos em funcionamento e em projecto. Seja como for, todos os portugueses merecem igual preocupação. Sem excepções. Esse é o CDS”, escreveu Filipe Lobo d’Ávila, dando sentido às palavras de António Costa que, no dia anterior, no Parlamento, acusou Cristas de estar a protagonizar um "momento de campanha eleitoral" a Lisboa.

Outra nota crítica interna veio de Raul Almeida, o ex-deputado que tem sido o rosto da oposição a Assunção Cristas. Na mesma linha de Filipe Lobo d’Ávila, Raul Almeida defendeu que “Portugal não é só Lisboa” e que “sugar o país depauperado para gastar tudo em Lisboa, levará a que em breve Lisboa seja capital de nada”.

Assunção Cristas falara, no debate, em nome do CDS, dizendo: "As nossas propostas são 20 novas estações de metro para Lisboa e espero que possam ser estudadas, planeadas, financiadas e tratadas".

Mais tarde, no corredor do Parlamento, os jornalistas conseguiram que Teresa Leal Coelho respondesse à sua adversária em Lisboa. "A expansão do metro é necessária", defendeu a deputada. “Temos de devolver as carruagens que foram retiradas e encurtar os tempos de espera entre cada composição”, disse Teresa Leal Coelho, escusando-se a comentar a proposta de 20 novas estações, mas lembrando que é preciso "encarar com razoabilidade as questões económico-financeiras".

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