Oposição a Cristas condena conselho nacional fechado aos jornalistas

Falta de convocatória da comunicação social para reunião desta noite "não reforça a democracia e a transparência" do CDS, diz Raul Almeida.

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LUSA/JOÃO RELVAS

O ex-deputado Raul Almeida condena a realização de conselhos nacionais sem a convocação dos jornalistas como é o caso da reunião agendada para esta quarta-feira à noite. A comunicação social não costuma assistir à reunião em si – decorre à porta fechada – mas recebe uma nota de imprensa para estar presente na sede e recolhe declarações dos dirigentes do partido. A imprensa não foi convocada para a reunião desta noite.

“Acho estranho. Participo em conselhos nacionais há muitos anos e nunca com outras direcções do partido foram fechados à imprensa”, afirmou ao PÚBLICO. O crítico da direcção de Assunção Cristas, que foi eleito conselheiro nacional pela lista liderada por Filipe Lobo d’Ávila, sublinha que o Conselho Nacional “é o órgão máximo do partido entre congressos e onde estão representadas as sensibilidades do partido e não apenas as escolhas da presidente”.

Raul Almeida critica o facto de ser a “segunda vez” que a líder do partido “não permite o contacto” da comunicação social com o Conselho Nacional. Em quatro conselhos nacionais convocados pela actual direcção, em dois a imprensa não foi informada, os outros dois (na Mêda e em Portimão) contaram com a presença de jornalistas. O antigo deputado considera que os conselhos nacionais “são sempre momentos de grande discussão política” e que a falta de convocação da imprensa “não reforça a democracia e a transparência do partido”.

A reunião desta noite, às 20h30, na sede do partido em Lisboa, tem como um dos pontos da agenda a aprovação de coligações autárquicas. Entre elas está a coligação em Lisboa com o Partido Popular Monárquico e o Movimento Partido da Terra, uma aliança que foi criticada internamente.

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