Nuno Melo: “Extrema-esquerda não se democratizou”

Vice-presidente e eurodeputado interveio na convenção autárquica nacional, em Lisboa.

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Os ataques de Nuno Melo visaram a esquerda Rui Farinha | NFactos

O vice-presidente do CDS Nuno Melo defendeu que a extrema-esquerda – onde inclui o PCP e o BE – está menos violenta do que nos tempos do PREC (Processo Revolucionário em Curso), mas ainda não se democratizou. O eurodeputado falava na convenção autárquica nacional, a decorrer em Lisboa, que foi o momento escolhido para o partido fazer a sua rentrée.

“Se a extrema-esquerda se tivesse democratizado, tudo bem. Mas acontece que não se democratizou e esse é o pecado capital de António Costa”, afirmou, perante uma plateia de cerca de mil pessoas no Centro de Congressos, na antiga FIL.

Nuno Melo, que é candidato à Assembleia Municipal de Vila Nova de Famalicão, desferiu um forte ataque aos partidos de esquerda, lembrando o período pós-25 de Abril. Se “nos tempos do PREC era mais violenta e expressiva”, o momento actual também exige ao CDS que seja “importante” já que “a esquerda nunca mandou tanto e o PS nunca teve tanta falta de senso”, defendeu.

O PCP e o BE “não ocupam herdades”, afirmou, sublinhando no entanto que há hoje “um imposto que se chama Mortágua [apelido de duas deputadas do BE] e não é por acaso”. Quanto ao PCP, “a rebentar com empresas desde 1974”, agora “tenta a sua sorte na Autoeuropa”. Numa curta intervenção, entre vários candidatos autárquicos, Nuno Melo dirigiu-se directamente à líder do partido e candidata a Lisboa, desejando “toda a força”.

A esquerda foi também o alvo da intervenção do líder parlamentar, Nuno Magalhães, que se comprometeu a “denunciar” esses “anúncios”, um “oportunismo demagógico e populista do PCP, PS e BE”. 

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