Nuno Magalhães deverá ser reeleito líder da bancada do CDS

Deputados votam esta sexta-feira. Equipa de vice-presidentes deverá manter-se.

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Este será o quarto mandato sucessivo de Nuno Magalhães na liderança da bancada do CDS NFS - Nuno Ferreira Santos
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Nuno Magalhães com Luís Montenegro, o líder da bancada do PSD dro daniel rocha
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Entrevista de Assunção Cristas ao PÚBLICO provocou polémica NUNO FERREIRA SANTOS
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Entrevista de Assunção Cristas ao PÚBLICO provocou polémica NUNO FERREIRA SANTOS
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Este será o quarto mandato sucessivo de Nuno Magalhães na liderança da bancada do CDS Rui Gaudencio

Com meses de atraso, as eleições para a liderança da bancada do CDS foram marcadas para esta sexta-feira, mas não deverá haver surpresa: Nuno Magalhães deverá ser reeleito e manter a actual equipa de vice-presidentes.

O actual líder cumprirá assim o seu quarto mandato à frente da bancada parlamentar, onde não há limite para o número de mandatos sucessivos, ao contrário da bancada do PSD.

As eleições para a liderança da bancada já deveriam ter acontecido no início da sessão legislativa (Setembro de 2016), mas atrasaram-se. A equipa de vice-presidentes – Cecília Meireles, Hélder Amaral e Telmo Correia – também deverá manter-se. Ao que o PÚBLICO apurou, ainda foi ponderada uma alteração na equipa, que não se concretizou. Questionado pelo PÚBLICO, Nuno Magalhães disse que informará, em primeiro lugar, os deputados sobre a equipa.

A bancada do PSD também poderá ir a eleições este ano. O mandato de Luís Montenegro termina em Novembro deste ano e não pode ser renovado, segundo o regulamento do grupo parlamentar.

É possível que Luís Montenegro possa prorrogar o mandato até ao congresso ordinário do PSD, previsto para o início do próximo ano, mas ao que o PÚBLICO apurou essa hipótese ainda não está decidida.

Partidos digerem Cristas

Dias depois da entrevista ao PÚBLICO de Assunção Cristas, o PSD e, em particular, o CDS ainda digerem as declarações da líder centrista. A afirmação de que Paulo Portas “não fez tanto” no partido e a revelação de que a banca não era discutida em Conselho de Ministros causou muito incómodo no CDS, embora quase ninguém se atreva a criticar publicamente. A excepção é o ex-deputado do CDS Raul Almeida, que integra uma lista alternativa ao Conselho Nacional. “Paulo Portas, com as limitações que Assunção Cristas lhe encontra, conseguiu desde sempre marcar a agenda política e que os portugueses soubessem exactamente o que pensava o CDS sobre as matérias importantes da governação. Hoje, principalmente depois de ler a entrevista, gostaria de saber se os portugueses sabem o que pensa o CDS e a sua liderança, para além daquele cliché vago de que se está a estudar tudo”, afirmou ao PÚBLICO.

Raul Almeida critica ainda a revelação de que Cristas (ex-ministra) foi contactada, durante as férias, pela então ministra das Finanças, para dar o aval à resolução do BES. “Para além da deselegância óbvia com Maria Luís Albuquerque, é assustador ver uma professora da Universidade Nova de Lisboa, advogada de um dos maiores escritórios do país e, acima de tudo, ministra a assinar de cruz documentos da maior relevância para o país porque as badaladas férias estavam a começar. Foi péssimo fazê-lo e pior ainda dizê-lo com esta displicência", afirmou.

No PSD, há muita irritação, apesar da contenção. A bancada social-democrata ficou em silêncio esta quarta-feira, em plenário, quando o PS criticou a ex-ministra por “assinar de cruz” a solução para o BES. Foi Cecília Meireles quem fez a defesa da bancada centrista - ao lado de Assunção Cristas - mas apenas respondeu a questões sobre o sistema financeiro, ignorando a acusação de que Cristas, “minutos antes de ir para a praia”, se juntou ao PSD para “criar um exército de lesados”.

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