Montenegro recusa revelar estratégia do PSD para debates

Líder parlamentar garante que Passos Coelho não ten estado calado.

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Luís Montenegro

O líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, afirmou esta quinta-feira que a decisão sobre quem fala pelo partido nos debates quinzenais com o primeiro-ministro decorre da estratégia política interna, que recusou revelar.

“Fundamenta-se na nossa análise interna, que eu não vou partilhar. Aquilo que são decisões estratégicas do ponto de vista político interno são, por isso mesmo, internas”, declarou em resposta aos jornalistas, no Parlamento.

Pela segunda vez consecutiva desde que os sociais-democratas regressaram à oposição, coube a Luís Montenegro questionar o primeiro-ministro no debate quinzenal, em vez do presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, que fez as intervenções nos cinco debates quinzenais anteriores.

Questionado sobre esta mudança de protagonista, Luís Montenegro respondeu: “Isso são decisões do grupo parlamentar do PSD. Nós, nesta como noutras circunstâncias, temos total liberdade para poder decidir quem são os nossos intervenientes”.

O líder parlamentar do PSD rejeitou que se possa falar em “silêncio” de Passos Coelho.

“O líder tem falado tantas vezes. Acho que é manifestamente abusiva qualquer interpretação sobre isso. O presidente do PSD já fez e vai continuar a fazer intervenções no Parlamento e vai, como também acontece todos os dias, continuar a fazer intervenções fora do Parlamento”, afirmou.

Luís Montenegro argumentou que “o debate parlamentar não é direccionado a ninguém em particular” e que “quem fala nos debates é o grupo parlamentar”.

E acrescentou: “No grupo parlamentar nós decidimos - e eu posso dizer, não vou dizer novidade nenhuma, que o faço sempre em articulação absoluta e perfeita com o líder do partido - quem é que fala.”

Interrogado se essa decisão é tomada a cada quinzena ou se agora a regra é que fala o líder parlamentar nos debates quinzenais, Luís Montenegro não quis “dar esses detalhes”. E frisou, apenas, que “tudo aquilo que acontece em nome do grupo parlamentar é decidido pela direcção do grupo parlamentar e pela direcção do partido”.

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