Ministro Miguel Macedo garante que segurança vai continuar a ser prioridade do Governo

Governante justifica que sem segurança “não é possível atrair investimento, gerar receitas com o turismo e assegurar qualidade de vida aos cidadãos”.

O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, assegurou neste domingo que o sector da segurança “vai continuar a ser estratégico para o Governo”, mesmo num contexto de “especiais dificuldades” e “modéstia de meios”.

Miguel Macedo falava na inauguração do novo quartel de bombeiros de Albergaria-a-Velha, que considerou “um exemplo a seguir para ultrapassar as dificuldades” tendo em conta a determinação da corporação, mas também a conjugação de esforços entre o poder central e o poder local.

O ministro, que aos jornalistas se escusou a comentar a situação criada com o “chumbo” do Tribunal Constitucional a matérias relevantes do Orçamento do Estado, observou na sua intervenção que “em momento de especiais dificuldades, se o esforço for repartido por todos, fica menos difícil” ultrapassar os obstáculos.

Miguel Macedo garantiu que, mesmo no contexto de restrições, o sector da segurança “é e vai continuar a ser estratégico para o Governo”, porque sem segurança “não é possível atrair investimento, gerar receitas com o turismo e assegurar qualidade de vida aos cidadãos”.

O ministro realçou “o esforço de planeamento atempado, rigor e meios” na protecção civil e no combate aos fogos florestais, desafiando os jornalistas a inteirarem-se do trabalho que está a ser feito para a limpeza das matas. “Uma vez mais antecipámos o planeamento e temos o dispositivo aprovado, com reforços importantes”, observou.

Miguel Macedo disse que as questões que envolvem as corporações dos bombeiros têm de ser vistas com “espírito realista” e que não lhe devem ser pedidas responsabilidades que não pode assumir, mas salientou o trabalho já feito com a Liga de Bombeiros Portugueses para resolver alguns dos problemas e anunciou uma “mudança radical” a operar na formação dos bombeiros.

“Nos últimos meses foi valorizado o estatuto social do bombeiro, alargada a comparticipação nas propinas de ensino superior e dada atenção à vigilância médica. As corporações tiveram uma comparticipação acrescida que se cifrou em 2,3 milhões de euros, um aumento da comparticipação em caso de destruição de viaturas de 50% para 80% e maior comparticipação no pagamento dos combustíveis.”

Trata-se, sublinhou, do reconhecimento pelo Governo de que os bombeiros “são uma força essencial no dispositivo de protecção civil”, sendo preciso também fazer um esforço conjunto de racionalização das muitas estruturas existentes.

O novo quartel dos Bombeiros Voluntários de Albergaria-a-Velha foi construído com a comparticipação em 85% de fundos comunitários, num investimento total superior a 1,2 milhões de euros.
 

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