Ministério da Defesa de Portugal decide treino de militares da Líbia

Para regular fluxos migratórios que atravessam o Mediterrâneo.

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Augusto Santos Silva Enric Vives-Rubio

O Governo português "apoia a resposta positiva" dada pela União Europeia (UE) ao pedido das autoridades líbias para treino e formação de militares da guarda costeira e marinha, disse esta segunda-feira em Bruxelas o ministro dos Negócios Estrangeiros. Tal pedido, em Portugal, será ponderado pelo Ministério da Defesa.

"Essa iniciativa é muito apoiada por Portugal" porque a Europa deve regular fluxos migratórios, assim como trabalhar com os países de origem dos migrantes, disse Augusto Santos Silva durante um conselho de ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia.

O chefe da diplomacia portuguesa indicou que o novo Governo de unidade nacional da Líbia enviou, este fim-de-semana, uma carta com o pedido formal de apoio, que recebeu resposta positiva da UE.

As questões operacionais de uma eventual participação de Portugal neste apoio estarão a cargo do Ministério da Defesa, disse o Santos Silva.

Durante a reunião, os ministros decidiram ainda estender por um ano a operação naval 'Sophia' no mar Mediterrâneo de combate ao tráfico de pessoas. No âmbito deste prolongamento "haverá a especificação de apoiar as iniciativas do Governo nacional da Líbia para a formação da sua guarda costeira e da Marinha", indicou.

Sobre a crise migratória, o ministro dos Negócios Estrangeiros informou terem surgido "contributos adicionais" de países como a França, Itália, Alemanha e Holanda para a "necessidade da UE combinar instrumentos de curto e de longo prazo que permitam construir uma parceria com países do Sahel e do Corno de África" para uma resposta às causas profundas dos fluxos.

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