Maria de Belém fala de uma “campanha que não foi bonita nem mobilizadora”

No último comício, em Lisboa, a candidata volta a piscar o olho às mulheres, apelando a que vão votar no domingo.

As últimas sondagens deixam Maria de Belém mais longe de uma hipotética segunda volta
Fotogaleria
As últimas sondagens deixam Maria de Belém mais longe de uma hipotética segunda volta Adriano Miranda
Fotogaleria
Adriano Miranda
Fotogaleria
Adriano Miranda
Fotogaleria
Adriano Miranda
Fotogaleria
Adriano Miranda
Fotogaleria
Adriano Miranda
Fotogaleria
Adriano Miranda
Fotogaleria
Adriano Miranda

No dia em que todas as sondagens lhe dão resultados que a excluem de uma segunda volta, Maria de Belém declara que a “campanha não foi bonita, não foi agradável, não foi mobilizadora” e que não debateu programas nem causas, mas acusações.

Confessando que a campanha não foi aquilo que esperava que fosse, a candidata presidencial lamentou que os 15 dias de campanha não tivessem sido aproveitados para “se confrontaram programas, energias e para se defrontarem ideias diferentes”. “Mas, independentemente da campanha, nós temos o dever de estar mobilizados para votar, porque é votando que nós somos responsáveis e donos das nossas escolhas”, declarou, falando de “ânimo, coragem, confiança”. “Cá estaremos todos.”

Na antiga FIL, esta quinta-feira, a candidata discursou num comício pouco concorrido onde abordou, uma vez mais, a questão das subvenções vitalícias dos políticos, que entrou na campanha esta semana, e acusou os outros candidatos de fazerem declarações desconhecendo qual é o estatuto do Presidente da República.

Maria de Belém criticou aqueles que agem em função de “eleitoralismos fáceis” e declarou que “nenhum eleitoralismo a fará ceder, afirmando ser "chocante e inaceitável" que candidatos presidenciais ofendam o Tribunal Constitucional dizendo que as suas decisões são vergonhosas.

"Nunca o Governo de direita que nós tivemos, que viu muitas decisões das suas leis serem consideradas inconstitucionais, ofendeu o Tribunal Constitucional dizendo que eram vergonhosas as suas decisões e era preciso haver candidatos de esquerda que viessem dizer que agora o tribunal e as suas decisões são uma vergonha. Isto não é tolerável, repito, porque é absolutamente chocante e inaceitável no nosso estado democrático", declarou a ex-presidente do PS.

Num comício em Lisboa, Maria de Belém deixou claro que “nunca haverá nenhuma vontade de subir nas sondagens" que a faça ceder e que nunca comprometeria a sua consciência para obter "ganhos rápidos e fáceis, porque os ganhos rápidos e fáceis também se esgotam rapidamente".

Com a campanha a chegar ao fim, Maria de Belém apela a que “todos e todas votem no próximo domingo por vários motivos: em primeiro lugar, porque os resultados eleitorais não se conquistam através de sondagens, conquistam-se através da participação nas urnas; em segundo lugar, porque é indispensável que as pessoas reconheçam a importância de votar”.

Renovou o apelo directo às mulheres, afirmando que “é preciso que as mulheres assumam de uma vez por todas a sua libertação, a sua autonomia, a sua autodeterminação, é indispensável que tomem o destino nas suas mãos”. E terminou desta forma: “O que vos prometo é combate, luta, força, determinação e, sobretudo, denúncias das injustiças que podem e devem ser resolvidas. E não me falta o ânimo, a coragem, a determinação e, sobretudo, não me falta a honra da palavra, a honra daquilo que eu posso cumprir.”

Sugerir correcção
Ler 2 comentários