Marcelo diz que o prémio Nobel da Paz é um “estímulo” ao povo da Colômbia

Presidente da República afasta cenário de revisão constitucional e mantém o optimismo quanto ao cumprimento do défice este ano abaixo do 2,5% do PIB.

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Ricardo Castelo
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou que a atribuição do Nobel da Paz esta sexta-feira à Colômbia “é um prémio dado de forma especial ao povo colombiano, o povo que sofreu 50 anos de guerra civil, o povo que quer a paz, que merece a paz”.

O prémio Nobel da Paz atribuído ao Presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, pelos seus esforços para pôr fim à guerra civil do país, “pode ser um estímulo para que um entendimento, para que a convergência para que a compreensão recíproca triunfem na Colômbia”, disse Marcelo.

No final da intervenção que fez na Universidade Católica Portuguesa (UCP), no Porto, onde se deslocou para participar nas jornadas sobre "Os quarenta anos da CRP: Impacto, e evolução da Constituição", o Presidente respondeu a perguntas relacionada com as dúvidas que pairam sobre o futuro do país e voltou a dar um sinal de tranquilidade sobre o cumprimento do défice.

Ao ser questionado concretamente sobre as recentes declarações do antigo-ministro das Finanças, Vitor Gaspar, que admitiu que o défice pode atingir 2,9% do PIB em 2021, o Presidente respondeu: “Estamos no dia 7 de Outubro, daqui a uma semana é entregue a proposta de lei do Orçamento do Estado [OE] e aquilo que se espera é que a proposta de lei do OE é que venha corresponder à intenção também declarada do Governo de cumprir a meta do défice ajustada com a Comissão Europeia e que a execução do Orçamento de 2016 cumpra a meta do défice de 2,5. E se assim for – e eu espero que assim seja e estou convicto de que assim pode ser – uma parte do problema que muitas vezes é objectivo de especulação está ultrapassado”.

Já sobre a decisão do Governo ter deixado cair o levantamento do sigilo bancário, o Presidente afirmou que o que tinha a dizer sobre o tema já tinha sido dito. “Eu utilizo aquando da promulgação de diplomas ou da recusa de promulgação no sítio da Presidência da República e aí esclareço, caso a caso, a posição do Presidente sobre cada diploma, fora disso entendo que não é bom em termos institucionais estar a fazer comentários púbicos sobre essa matéria”, sublinhou.

Relativamente à Constituição – o tema que o levou ao Porto e que abordou detalhadamente ao longo da sua intervenção no anfiteatro da UCP –, Marcelo sublinhou, uma vez mais, que este não é a altura para se proceder a uma revisão constitucional. “Neste momento, há outras prioridades nacionais. Temos prioridades nacionais urgentes como seja compatibilizar o rigor financeiro controlo do défice com justiça social e com estímulo ao investimento; temos outra prioridade nacional importante que é a consolidação do sistema bancário. Penso que estas prioridades são, neste momento, mais importantes do que outras”, declarou o Presidente que escolheu o Porto para passar uma grande parte do dia desta sexta-feira.

Paro o início da tarde está marcada a presença de Marcelo na cerimonia de inauguração do Pólo Zero da Federação Académica do Porto (FAP), um espaço de estudo, cultura e apoio ao empreendedorismo. Trata-.se de um projecto com mais de 15 anos e que arranca agora. Funciona junto à Torre dos Clérigos, no centro da cidade.

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