Madeira pede mais intervenção diplomática na Venezuela

Albuquerque foi recebido esta terça-feira em Belém, para acertar visita oficial do Presidente da República à Madeira, mas a Venezuela e a greve dos estivadores dominou a conversa.

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Miguel Albuquerque combinou pormenores da visita do Presidente de 1 de Julho, Dia da Madeira Miguel Manso

O presidente do governo regional da Madeira, Miguel Albuquerque, pediu esta terça-feira uma maior intervenção dos consulados na Venezuela em termos de apoio social aos portugueses residentes naquele país, assolado por uma grave crise política e económica.

Albuquerque, que falava no final de audiência no Palácio de Belém, disse aos jornalistas que a situação venezuelana, onde existe uma numerosa comunidade madeirense, foi abordada no encontro com o Presidente da República, que ouviu também as preocupações regionais sobre o impacto que a greve dos estivadores está a ter no arquipélago.

“Independentemente das razões da greve ou das questões laborais em apreço, a verdade é que a Madeira, bem como os Açores, tem sido muito afectada por esta greve, porque está dependente do transporte marítimo”, sublinhou o chefe do executivo madeirense, exemplificando que no início da semana o Funchal teve que pedir a colaboração da Força Aérea para transportar medicamentos urgentes. “Os serviços mínimos não são suficientes”, frisou.

A audiência serviu também para acertar a visita oficial de Marcelo Rebelo de Sousa à região. O Presidente da República vai participar nas comemorações do Dia da Madeira, a 1 de Julho, visitando no dia seguinte a ilha do Porto Santo.

Esta deslocação surge na sequência de uma promessa feita por Marcelo que, quando esteve na Madeira em campanha, prometeu, se fosse eleito, colocar o arquipélago entre as primeiras visitas oficiais, e inaugurar as novas instalações do Museu Cristiano Ronaldo.

Em Belém, sabe o PÚBLICO, Albuquerque aproveitou ainda para sensibilizar o Presidente da República para a questão da sobretaxa do IRS cobrada na Madeira, que o Funchal pretende que seja receita regional, mas que Lisboa tem recusado. 

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