Alberto Martins, líder da bancada dos socialistas, defendeu que Portugal "tem de negociar" juros e a dívida com as instituições que prestam assistência financeira e criticou as declarações de responsáveis desses organismos sobre os riscos constitucionais.

“Os acenos da senhora Lagarde e da Comissão Europeia sobre o Tribunal Constitucional são uma intromissão inaceitável na soberania nacional", afirmou Alberto Martins aos jornalistas, no final de uma reunião – a primeira – com o grupo parlamentar enquanto líder.

Questionado sobre se está disposto a reunir-se com as bancadas da maioria a propósito do estatuto do Tribunal Constitucional que prevê condições especiais de reforma dos juízes, Alberto Martins deu uma resposta vaga, dizendo que "vai aferir todos os estatutos, incluindo o do Constitucional", e que "tempestivamente" dirá qual a sua decisão.

Segundo Alberto Martins, na reunião foi debatida a proposta de Orçamento do Estado para 2014, que considera ser "brutal" para os pensionistas e funcionários públicos. Confrontado com o desafio do Governo de o PS dar acordo à proposta de IRC, o líder parlamentar escusou-se a falar sobre o assunto, afirmando não querer entrar no debate da especialidade do orçamento.