Jurisdição do PS absolve ex-dirigente de Pedrógão Grande

Diogo Coelho diz que “foi feita completa justiça” e acusa o anterior líder da distrital de Leiria, João Paulo Pedrosa, de ser o autor das acusações.

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A Comissão Nacional de Jurisdição do PS absolveu o militante Miguel Manso

O ex-presidente da concelhia do PS de Pedrógão Grande, Diogo Coelho, foi absolvido pela Comissão Nacional de Jurisdição (CNJ) de todas as acusações que levaram à sua expulsão do partido. E o processo disciplinar de que foi alvo foi arquivado.

“Foi, finalmente, feita integral e completa justiça", declarou Diogo Coelho, que imputa todas as acusações ao ex-presidente da distrital e Leiria do PS, João Paulo Pedrosa. Em declarações ao PÚBLICO, o ex-dirigente socialista não tem dúvidas que o objectivo das acusações de que foi alvo foi afastá-lo de ser o candidato pelo PS às eleições autárquicas de 2013 à Câmara de Pedrógão Grande.

O acórdão é "absolutamente lapidar" e “a decisão da CNJ, inédita na história do PS, sustenta de forma clara e fundamentada que não pratiquei nenhum dos factos que me foram assacados no processo disciplinar, iniciado após queixa do anterior presidente da Federação Distrital de Leiria, João Paulo Pedrosa”, acrescenta.

Em Julho de 2014, a CNJ expulsou Diogo Coelho, acusando-o de ter uma “actuação continuada, infraccional dos estatutos e regulamentos" do partido, "toda dominada e presidida pelo mesmo processo resolutivo", o desejo de "querer ser a todo o custo" o cabeça de lista do PS à Câmara de Pedrógão Grande nas autárquicas de 29 de Setembro de 2013.

“Um dos factos que me era imputado é que um militante, António da Silva Pena, quis entregar a sua candidatura à câmara e que a sede da concelhia estava sempre fechada. Isso não é verdade. Esta e outras acusações visaram exclusivamente promover a minha expulsão do partido”, insurge-se, revelando que António da Silva Pena era o candidato que a anterior distrital queria para disputar a presidência da Câmara de Pedrogão Grande.

A este propósito, a Comissão de Jurisdição entendeu que Diogo Coelho não foi responsável pelo facto de António Pena não ter apresentado a sua candidatura à câmara, até porque, de acordo com os estatutos do PS, "todas as comunicações, notificações e publicações dos órgãos do partido devem preferencialmente ser efectuada pelos meios electrónicos". Segundo a CNJ, "a apresentação de candidaturas não estava cingida à sua apresentação na sede de concelhia de Pedrógão Grande".

"Face ao explanado, deve ser revogada a decisão disciplinar de expulsão do militante Diogo Coelho e, em consequência, determina-se a absolvição do mesmo e arquivamento dos presentes autos subsequente”, finaliza a Comissão Nacional de Jurisdição.

Satisfeito por ter sido feito justiça, Diogo Coelho diz, em declarações ao PÚBLICO, que vai “assumir rapidamente as funções de presidente da concelhia de Pedrógão Grande para as quais foi legitimamente eleito pelos militantes”, e revela que a Comissão Nacional de Jurisdição já notificou o actual presidente da distrital de Leiria. 

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