Jerónimo de Sousa repudia declarações "insolentes" de Dijsselbloem

No debate quinzenal no Parlamento, o secretário-geral do PCP juntou-se à lista de intervenientes que expressou "repúdio" pelas palavras de Dijsselbloem.

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Jeroen Dijsselbloem, ministro holandês das Finanças Reuters/ALKIS KONSTANTINIDIS

O líder comunista português, Jerónimo de Sousa, condenou esta quarta-feira as recentes declarações do presidente do Eurogrupo, o holandês Jeroen Dijsselbloem, sobre os países do sul, classificando-as de "insolentes, sobranceiras e xenófobas".

O secretário-geral do PCP falava durante o debate parlamentar quinzenal com o primeiro-ministro, no qual quase todos os intervenientes se referiram à frase do trabalhista e ministro das Finanças da Holanda: "não se pode gastar todo o dinheiro em copos e mulheres e depois pedir ajuda".

"Queria também manifestar o nosso repúdio pelas insolentes declarações do presidente do Eurogrupo sobre países do sul da Europa, onde se inclui Portugal. São declarações sobranceiras, xenófobas, de quem se julga dono das instituições, de quem defende que só existe uma solução política legítima, a do directório da Alemanha, a quem serve Dijsselbloem", afirmou.

O secretário-geral do PCP elencou depois diversas intervenções de responsáveis ou entidades europeias, desde o ministro das Finanças da Alemanha, "a acenar com novo programa de agressão, designado de resgate", ao Banco Central Europeu (BCE), "com novas ameaças de sanções a Portugal em nome do Procedimento por Desequilíbrios Macroeconómicos", para defender a "necessidade de Portugal afirmar uma política de defesa do interesse nacional, rompendo com o actual quadro de imposições e constrangimentos".

"Os donos da União Europeia só reconhecem e aceitam os que se submetem à sua visão da Europa, do capital e dos interesses egoístas que representam", criticou.

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