Já não há dúvidas: Orçamento para 2017 será aprovado

O Governo começa a semana em alta, com PCP e BE a anunciarem claramente o voto a favor na generalidade.

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Em Novembro, deverá repetir-se a votação de Março enric vives-rubio

Nos dias 3 e 4 de Novembro, quando a Assembleia da República votar o Orçamento do Estado para 2017, o Governo não vai ter surpresas: o documento será aprovado com os votos favoráveis de PS, PCP e BE, pelo menos. É a conclusão a tirar das declarações recentes de Catarina Martins, do BE, e de Jorge Cordeiro, do PCP.

O membro do comité central comunista disse nesta segunda-feira, na TSF: “votaremos a favor na generalidade, a 3 e 4 de Novembro, e prosseguirá o exame comum” na especialidade, com propostas para melhorar o conteúdo do documento.

À saída da reunião com o Presidente da República, na última sexta-feira, em Belém, Jerónimo de Sousa já havia dito que o voto favorável do PCP ao Orçamento do Estado para 2017 não estava em causa, pelo menos na generalidade. “Não se pode validar ou invalidar à partida o OE” disse, mas “há coisas que nos preocupam mais. Os constrangimentos que resultam hoje da União Europeia – o défice, a dívida, a política do euro, a situação da banca – esses sim são factores que podem determinar negativamente esta evolução que deve ser mantida, para este orçamento e para o próximo”. 

Também Catarina Martins deixou claro, no último sábado, que o Bloco de Esquerda deixará passar o Orçamento na generalidade. “O BE cumpre os seus compromissos e este OE, objectivamente, aumenta rendimentos do trabalho, cumpre o compromisso de não precarizar e privatizar mais, de não aumentar os bens essenciais”, justificou a líder do BE numa conferência nacional sobre Orçamento, organizada pelo partido na Faculdade de Ciências de Lisboa.

“No deve e no haver, em 2017, quem vive do trabalho será mais respeitado e, por isso, o BE vai votar a favor na generalidade”, anunciou.

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