Governo desvaloriza previsões de Bruxelas e garante que cumprirá metas

“A revisão das projecções da Comissão Europeia não justifica qualquer alteração aos objectivos definidos”, defende o executivo de Costa.

Foto
António Costa e Mário Centeno Nuno Ferreira Santos

O Governo desvaloriza as previsões da Comissão Europeia, divulgadas nesta terça-feira, que alertam para o aumento do défice estrutural e prevêem menos crescimento em Portugal. O executivo insiste não só que “conseguirá cumprir as metas traçadas no Programa de Estabilidade” como que estas novas previsões não justificam “qualquer alteração” aos objectivos definidos.

“O Governo acredita que conseguirá cumprir as metas traçadas no Programa de Estabilidade através da rigorosa implementação das suas medidas de política económica. A revisão das projecções da Comissão Europeia não justifica qualquer alteração aos objectivos definidos”, lê-se na nota divulgada no portal do Governo.

Na reacção, o executivo considera que “o facto mais assinalável é a forte revisão da estimativa para o défice em 2016, que passou de -3,4% nas previsões do Inverno para -2,7% nestas previsões.” Esta previsão, prossegue o Governo liderado por António Costa, “confirmará a saída do procedimento de défice excessivo em 2016”.

No mesmo documento, o Governo “reafirma a determinação no controlo da despesa pública, tal como comprova a execução orçamental do primeiro trimestre”. Mas não só. O executivo defende que “o relançamento da actividade económica é visível na redução do desemprego e no forte crescimento das exportações, em linha com as previsões do Governo” e que “a ênfase do Programa Nacional de Reformas em criar as condições para o investimento constitui um factor fulcral para a sustentabilidade do crescimento”.

Em Nelas, aos jornalistas, e citado pela Lusa, o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, considerou que as previsões mostram que "a Comissão Europeia está mais próxima de acreditar nas metas do Governo". "Baixou substancialmente a previsão de défice de menos 3,4% para menos 2,7%, que é ainda um valor superior, mas já mais próximo das nossas previsões. Vamos ver que ao longo do ano, eventualmente, as previsões da Comissão Europeia se vão aproximar mais das do Governo", disse. E reiterou: "Nós acreditamos nas nossas previsões e estamos é a trabalhar para que elas se concretizem.”

Sugerir correcção
Ler 1 comentários