Governo anuncia projecto-piloto de apoio a vítimas de violência doméstica

Já José Luís Carneiro anunciou que será aprovado um decreto-lei com novas regras de apoio ao associativismo no estrangeiro.

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Catarina Marcelino disse que o atendimento "será feito através de videoconferência com ligação ao Hospital de Coimbra" porque "é importante a proximidade da língua" dro Daniel Rocha

Os portugueses no Luxemburgo vão passar a dispor de um serviço de apoio a vítimas de violência doméstica através de videoconferência com o Hospital de Coimbra, anunciou nesta quinta-feira a secretária de Estado da Cidadania e da Igualdade, Catarina Marcelino.

A governante, que falava na sessão de abertura da quarta edição dos Diálogos com a Comunidade, uma iniciativa do Governo para discutir os problemas que afectam os portugueses que vivem no estrangeiro, referiu que se trata de um projecto-piloto que poderá depois ser alargado a outros países.

Catarina Marcelino explicou que o atendimento às vítimas "será feito através de videoconferência com ligação ao Hospital de Coimbra" porque "é importante a proximidade da língua" para as pessoas que estão numa situação de fragilidade.

"Depois, este atendimento terá continuidade, com acompanhamento por parte das autoridades luxemburguesas", explicou a secretária de Estado, acrescentando que o serviço estará disponível "muito em breve".

Por seu lado, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, anunciou que será aprovado um decreto-lei com novas regras de apoio ao associativismo no estrangeiro, que estabelece como prioridades a rede de jovens, a participação política ou o apoio à população reclusa.

O secretário de Estado referiu ainda que serão feitas acções de formação preparadas pela Direcção-geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas, acrescentando que as novas regras de acesso aos apoios do Governo "entram em vigor em Janeiro de 2018".

Também presente na sessão de abertura, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, anunciou medidas para "facilitar o cumprimento das obrigações fiscais", como as notificações electrónicas, que "deverão estar disponíveis até ao final do ano".

"Agora as notificações são feitas por carta e os portugueses no estrangeiro têm de ter um representante fiscal e com as notificações electrónicas ambas as coisas serão dispensadas", disse.

Rocha Andrade referiu ainda que o pagamento do Imposto Municipal sobre Imóveis também vai ser facilitado, com o "pagamento por débito directo em todo o espaço europeu", uma medida que estará também disponível "até ao final do ano".

Na mesma sessão, a secretária de Estado da Cidadania e da Igualdade apelou ainda a uma maior participação política dos portugueses no Luxemburgo porque isso permitirá "integrarem-se melhor e fazerem valer os seus direitos".

Esta edição dos Diálogos com a Comunidade conta com a participação do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que termina nesta quinta-feira uma visita de três dias ao Luxemburgo.

Segundo dados oficiais, residem no Luxemburgo cerca de 100 mil portugueses, o que representa 16,4% da população deste país.

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