Francisco e Marcelo, os afectos em comum

O Papa que não beija o chão, mas as pessoas, foi recebido em Portugal pelo Presidente da República que beija o anel do santo padre... e as pessoas.

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Marcelo recebeu o Papa na base aérea de Monte Real Nuno Ferreira Santos
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Marcelo e o Papa Francisco encontraram-se a sós LUSA/JOâO RELVAS /POOL
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Sorrisos, beijos e muitos afectos. O Papa Francisco chegou a Portugal com uma imagem de marca que tem um fiel seguidor em Portugal. Marcelo Rebelo de Sousa, que o esperava ao fundo das escadas do avião, beijou-lhe o anel, tal como fizera no Vaticano, na sua primeira viagem oficial como Presidente da República. Francisco não beijou o chão, mas assim que pôde começou a beijar as pessoas.

Os primeiros momentos da peregrinação do Papa a Portugal eram protocolares. Militares, clérigos e autoridades civis faziam as honras da casa na Base Aérea de Monte Real. Mas os sorrisos distendidos com que os dois chefes de Estado cumpriram as formalidades, a cumplicidade visível nos seus gestos, abriam portas a outras atitudes que têm em comum. Assim que pôde, o Papa fez as suas pequenas quebras do protocolo para se dirigir às pessoas — funcionários da base aérea e familiares, muitos deles crianças. Desta vez, Marcelo apagou-se. O dia era de Francisco.

Depois de subir ao palanque para cumprimentar as altas individualidades religiosas e civis — primeiro-ministro, presidente da Assembleia da República e quatro ministros (Defesa, Negócios Estrangeiros, ministro-adjunto e a sua mulher, a ministra do Mar) —, o Papa e o Presidente da República tiveram um curto encontro a sós.

Trocaram prendas: Francisco trazia um mosaico, produzido pelo Estúdio de Mosaico do Vaticano, que representa as aparições de Nossa Senhora de Fátima aos pastorinhos, sob um fundo de pontos brilhantes que representa a procissão das velas. Marcelo retribuiu com um oratório em madeira, encomendado à Fundação Ricardo Espírito Santo, com uma Nossa Senhora de Fátima da Vista Alegre. Foi o único encontro a sós desta visita que não é de Estado, mas de cariz religioso, embora também haja lugar a um encontro com o primeiro-ministro, no sábado logo de manhã, em Fátima.

Cumpridas as formalidades, o Papa entrou num pequeno carro eléctrico aberto em direcção à capela de Nossa Senhora do Ar, onde iria fazer a sua primeira oração. O veículo seguiu lento, a um ritmo que lhe permitiu receber flores, beijar crianças e bebés que lhe estendiam. Chegou mesmo a sair do carro para cumprimentar uma idosa em cadeira de rodas, sempre sorrindo no seu ar pacífico.

Na primeira fila do cordão humano que ladeava o trajecto estavam muitas crianças, algumas das quais doentes ou com necessidades especiais. Francisco tocou-lhes, acariciou-as, beijou-as, deu autógrafos. A uma menina com um laço azul no cabelo e duas bonecas nas mãos, pegou nos “bebés” e simulou que davam beijos um ao outro. De lado ficava o tapete de flores feito para a sua passagem à entrada da capela, que mal pisou. Francisco, claramente, prefere sorrisos.

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