Costa leva “sucesso” português a Davos e encontra-se com Lagarde

Primeiro-ministro leva dados positivos da economia para atrair investimento estrangeiro.

Fotogaleria
Mais de quarenta chefes de Estado e de Governo marcam presença na Cimeira de Davos, que teve ontem início EPA/GIAN EHRENZELLER
Fotogaleria
Entre o argumentário do primeiro-ministro sobre o “sucesso” português constará também a vitória de Portugal no Campeonato Europeu de Futebol e a eleição de António Guterres para secretário-geral da ONU. MÁRIO CRUZ/LUSA

Uma reunião bilateral com a directora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, que não consta da agenda oficial, e a participação num encontro entre os mais de quarenta chefes de Estado e de Governo, presentes na Cimeira de Davos, são os pontos fortes da participação do primeiro-ministro, António Costa, no 47º Fórum Económico Mundial de Davos que ontem se iniciou na Suíça.

O primeiro-ministro irá participar também em várias reuniões, sempre à porta fechada, a partir do fim da tarde de hoje, e amanhã. E em todas elas, António Costa leva consigo a missão de vender o “sucesso” português e da sua governação como forma de vender Portugal e de atrair investimento estrangeiro, soube o PÚBLICO.

Com os dados da economia portuguesa relativos a 2016, que ontem, aliás, apresentou no Parlamento, o primeiro-ministro vai defender que Portugal é um país seguro e aberto ao investimento estrangeiro, onde há estabilidade e confiança, com uma governação que é estável nas políticas económicas e que atingiu os objectivos económicos a que se propunha. Isto além de pretender referir o sucesso na área do turismo, bem como o facto de Portugal ser um dos países com mais segurança pública.

Entre estes dados está o ontem assumido no Parlamento pelo primeiro-ministro de que o défice não será superior a 2,3%. Ou seja, abaixo do que foi previsto por instituições internacionais como a Comissão Europeia.

Outro dado que António Costa usará como cartão-de-visita para o investimento é a baixa dos números do desemprego que em Outubro estavam em 10,6%, contra 12,4% um ano atrás. Uma percentagem que o próprio primeiro-ministro disse representar menos 69 mil desempregados e mais 86 mil novos empregados.

Entre os argumentos que o primeiro-ministro vai usar encontram-se também as políticas especificas de apoio às empresas que o Governo tem adoptado. Não só o desbloquear de fundos comunitários para empresas privadas, que prevê que atinjam em 2017 mil milhões de euros, mas também os benefícios fiscais no IRS em relação às startups do Programa Semente e as medidas do Programa Capitalizar.

De acordo com as informações recolhidas pelo PÚBLICO, entre o argumentário do primeiro-ministro sobre o “sucesso” português constarão também outros dois argumentos diversos mas personalizados: a vitória de Portugal no Campeonato Europeu de Futebol e a eleição de António Guterres para secretário-geral da ONU.

É precisamente António Guterres outra das personalidades portuguesas que irá participar no Fórum Internacional de Davos. O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e o banqueiro António Horta Osório, presidente do britânico Lloyds, também estarão presentes.

Sugerir correcção
Ler 10 comentários