Costa destaca a “relação de amor” que existe entre o PS e Matosinhos

Secretário-geral passou ao lado das divisões internas e disse que “nas paixões há sempre momentos de maior alegria e há momentos de maior arrufo, mas no fim de contas, há algo que persiste e que é muito bom: o amor”

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Centena e meia de professores aguardavam o primeiro-ministro para protestar contra alteração das regras na colocação de docentes Paulo Pimenta
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Costa recordou que Matosinhos foi sempre governado, nas quatro décadas de poder local democrático, por socialistas, ainda que às vezes contra o próprio PS Paulo Pimenta
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Secretário-geral do PS insistiu que em Matosinhos a candidata do partido é Luísa Salgueiro Paulo Pimenta
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Secretário-geral do PS insistiu que em Matosinhos a candidata do partido é Luísa Salgueiro Paulo Pimenta

Com a família socialista matosinhense desavinda há mais de uma década, António Costa foi este domingo apoiar a candidata Luísa Salgueiro à câmara, empenhando-se em esbater as divisões no partido e em apelar à “relação intensa que existe entre o PS e Matosinhos”.

“A relação entre o PS e Matosinhos é tão intensa, é mesmo uma relação de amor que tem resistido ao tempo e que, 40 anos depois, continua com muita paixão. E a paixão, naturalmente, dá calor a esta relação e torna-a particularmente emotiva”, declarou o líder do PS num almoço com militantes e simpatizantes socialistas que apoiam a candidatura de Luísa Salgueiro à câmara E numa tentativa de esbater as divisões na família socialista, Costa explicou que “nas paixões há sempre momentos de maior alegria e há momentos de maior arrufo, mas no fim de contas, há algo que persiste e que é muito bom: o amor continua e cada vez é maior a paixão do PS por Matosinhos e de Matosinhos pelo PS”.

Ainda que sem citar nomes, Costa elogiou os presidentes de câmara que passaram pela câmara, para dizer que “a história de Matosinhos democrático confunde-se com a história daquilo que têm sido os 40 anos de gestão autárquica, 40 anos de afirmação de Matosinhos como um grande concelho e uma grande cidade da Área Metropolitana do Porto e do país”. “É para nós um orgulho tudo o que o PS tem feito nas suas gestões autárquicas ao longo destes anos”, afirmou Costa.

Falando no Centro de Congresso de Matosinhos, que se encontrava repleto de militantes, ainda que muitos deles tenham vindo de outros concelhos do distrito do Porto, o líder socialista apelou ao voto no partido, considerando mesmo que “há óptimas razões para votar no PS em Matosinhos”. Um apelo que surge um dia depois de Narciso Miranda, candidato - independente, ex-PS - que liderou a autarquia matosinhense durante quase três décadas, ter pedido maioria absoluta nas eleições de Outubro.

No dia em que foram conhecidos os resultados do concurso nacional de acesso ao ensino superior, o secretário-geral do PS congratulou-se com o aumento de mais de 5% de alunos na primeira fase em relação a 2016, afirmando que este aumento evidencia que os portugueses "voltaram a acreditar" que o “país vai continuar a crescer e a criar empregos com qualidade”.

"Tivemos uma das notícias mais importantes do resultado desta governação" com o anúncio de que, este ano, "como já não acontecia há muitos anos, aumentou o número de alunos a frequentarem o ensino superior", disse.

Para Costa, esta notícia significa que os portugueses "deixaram de dar ouvidos àqueles que diziam que tínhamos licenciados a mais e que não era importante continuar a estudar". "Esta é a primeira grande vitória desta mudança politica que está a ter uma tradução concreta nas vidas das famílias e na construção do futuro colectivo", acrescentou o líder do PS.

A candidata Luísa Salgueiro fez um apelo à união entre socialistas e independentes e exortou os matosinhenses a mobilizarem-se para as autárquicas. “É preciso promover a união entre aqueles que ficaram no PS e aqueles que há quatro anos saíram do PS para apoiar Guilherme Pinto".

Além de Guilherme Pinto (que morreu no início do ano), os socialistas não esqueceram Manuel Seabra, antigo deputado e vice-presidente da Câmara de Matosinhos, falecido em 2014. Quando o presidente da distrital do PS-Porto, Manuel Pizarro, falou de Manuel Seabra, que foi também chefe de gabinete de António Costa quando este era presidente da Câmara de Lisboa, o Centro de Congresso levantou-se e ouviu-se uma estrondosa ovação.

À chegada a Matosinhos, António Costa tinha à sua espera mais de centena e meia de professores zangados com o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, acusado de “ter mudado as regras do jogo" relativamente ao concurso de colocação dos docentes. O primeiro-ministro ouviu as queixas dos professores e comprometeu-se a falar com o ministro.

Em declarações aos jornalistas, o professor Paulo Fazenda disse acreditar numa solução para o problema. "A solução política não passa por nós", disse, acrescentando que António Costa ficou sensibilizado, "percebeu as causas e as consequências", e disse que vai falar com o ministro da Educação para "tentar resolver" o problema, "antes de o ano lectivo se iniciar, ainda que o início desse ano lectivo sofresse um adiamento".

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