CGTP ameaça com manifestação, se Cavaco não convocar eleições

O líder da CGTP, Arménio Carlos, diz que eleições antecipadas são o único caminho.

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Líder da CGTP exige eleições antecipadas. Foto: Nuno Ferreira Santos

O secretário-geral da CGTP não tem dúvidas: depois da demissão de Paulo Portas, o Presidente da República não tem outra saída excepto convocar eleições antecipadas. Se não o fizer, o conselho nacional da Intersindical, que se reúne amanhã, convocará uma manifestação para contestar essa decisão.

“O Presidente da República não tem nenhuma razão para manter este Governo ou para encontrar outro Governo no arco do PSD e do CDS. Se porventura não anunciar a convocação de eleições antecipadas, a CGTP vai decidir uma grande manifestação com direcção a Belém”, ameaçou.

Para Arménio Carlos a demissão,na segunda-feira, do ministro de Estado e das Finanças, e a saída, anunciada nesta terça-feira, do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros são resultado da escalada da contestação social e da greve geral da semana passada. “Era evidente o esvaziamento da base social de apoio do Governo. O povo português demonstrou que é activo e não é passivo como nos querem fazer crer”, realçou em declarações ao PÚBLICO.

Mas a CGTP defende que “não basta cair o Governo, é preciso romper com o memorando da troika e dar a voz ao povo”.

“Se o primeiro-ministro tiver em consideração a situação em que colocou o país, logo, às oito da noite só tem uma coisa fazer: pedir a demissão”, acrescentou o líder da CGTP.

Também o secretário-geral da UGT, Carlos Silva, defende que “o primeiro-ministro não tem condições para continuar a governar o país e devia pedir a demissão”.

A UGT, que participou na greve geral de dia 27 de Junho, pedia a mudança de políticas, mas na altura ainda considerava que o Governo tinha condições para governar. Agora, com a demissão de Paulo Portas, o Governo fica “tremendamente fragilizado”  e o país tem de ir para eleições antecipadas, sustentou.
 
 

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