CDS: “Seria pior não termos Orçamento”

Centristas justificam voto a favor e falam do Orçamento "possível".

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Rui Gaudêncio

O vice-presidente da bancada do CDS Telmo Correia foi claro na posição da bancada ao sustentar que o partido viabiliza o Orçamento para evitar uma crise económica, política e até a saída do euro. “Se o Orçamento é questionável, é inquestionável que seria pior não termos Orçamento”, defendeu.

“As casas de habitação da classe média ou as pequenas poupanças de milhões de portugueses passariam a valer menos de metade. É por isso, e não por outra qualquer razão de ordem política ou táctica, que a nossa consciência e o nosso sentido de responsabilidade determinam a aprovação do Orçamento. Não podíamos em cima de uma crise económica, financeira e social, ter uma crise orçamental e política”, afirmou Telmo Correia. 

Referindo-se por várias vezes ao Orçamento como “condicionado” – pelo memorando de ajuda externa, pela decisão do Tribunal Constitucional –, Telmo Correia assumiu que a redução de 0,5 pontos percentuais da sobretaxa “não é uma enorme diferença”, mas corresponde ao “compromisso” para “moderar a pressão fiscal”.

O deputado sublinhou que o CDS pretendia ir mais longe na redução da despesa para aliviar mais a carga fiscal: “Meio ponto é mais do que nada, ainda menos do que deveria ser”. Por isso, conclui, o Orçamento “nesta conjuntura, nestas circunstâncias e neste momento é o “Orçamento possível”. 

Já o PSD reconheceu que o orçamento é “muito duro”, mas “evita a tragédia”, e apelou à “convergência nacional” na resposta à crise e na reflexão sobre “a dimensão do Estado”. “O grupo parlamentar do PSD apoia este Orçamento do Estado, de forma inequívoca, porque se trata de um instrumento em que, simultaneamente, o rigor corrige o passado, a solidariedade atente ao presente e as políticas de crescimento servem o futuro”, disse o deputado Pedro Pinto citado pela Lusa.

O também vice-presidente do PSD falava na Assembleia da República, no encerramento do debate do Orçamento do Estado para 2013.

Dizendo que o Orçamento que hoje será votado “pesa nos impostos”, “alivia a despesa pública”, “procura ser justo” e “aposta no regresso ao país produtivo”, Pedro Pinto considerou-o “gerador de esperança, porque trabalha em soluções” que “libertam” o país de “problemas estruturais”, e disse que “terá forte impacto no emprego, no crescimento económico e nas exportações”.


 
 
 

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