CDS quer saber qual o plano de contingência do Governo para acudir a portugueses na Venezuela

Sobre prudência de Marcelo, o centrista Telmo Correia diz que “não é com o silêncio internacional que se ajudam os que todos os dias lutam na rua” na Venezuela.

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Reuters/CARLOS GARCIA RAWLINS

Os centristas querem saber quais as “circunstâncias e as condições do plano de contingência” que o Governo diz já ter preparado para acorrer a uma situação que exija o apoio a cidadãos portugueses e lusodescendentes que queiram deixar aquele país da América Latina.

Em declarações aos jornalistas no Parlamento, o deputado centrista Telmo Correia lembrou que o partido pediu e já foi aprovada “há algum tempo” a audição do ministro dos Negócios Estrangeiros no Parlamento, lamentando a demora. Além do plano de contingência, o CDS-PP quer também saber o que o Governo está a fazer para “se bater pela libertação” de eventuais presos políticos de nacionalidade portuguesa ou descendentes de portugueses – como o eurodeputado Francisco Assis denunciou há meses – e para lhes “assegurar as condições de defesa e apoio judiciário condigno”.

Questionado sobre a posição do Presidente da República, que se escusou a comentar a actual situação conturbada na Venezuela argumentando ser "prudente que nenhuma autoridade portuguesa faça qualquer comentário" por a comunidade portuguesa ali residente estar muito "próxima dos acontecimentos", Telmo Correia disse compreender a “intenção” porque a “situação é de facto muito sensível”, mas defendeu que “não será seguramente com o silêncio internacional que se ajudam os que estão todos os dias na rua a lutar pela liberdade” naquele país. Nas últimas semanas, em sucessivas intervenções no plenário da Assembleia da República, o CDS-PP tem-se mostrado preocupado com os problemas que envolvem a comunidade portuguesa naquele país e tem votado pela condenação da situação política e social daquele país.

Há uma semana, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas disse que existe um “plano de contingência para um conjunto de países, e que é do conhecimento do Parlamento”, para ser posto em prática em “circunstâncias de grave crise que obriguem à evacuação e protecção consular de carácter especial”. À margem do Conselho Permanente do Conselho das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro acrescentou que o Governo aumentou os meios consulares na Venezuela em especial em matéria de apoio social e de segurança nos postos consulares.

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