CDS quer crescer nas autárquicas de 2017

O Conselho Nacional do partido aprovou hoje, por unanimidade, o novo regulamento para as eleições autárquicas do próximo ano.

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Líder do CDS quer crescer nas autárquicas

A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, considerou hoje que o partido pretende "crescer" nas eleições autárquicas de 2017 e que "a primeira palavra" na escolha dos candidatos será das estruturas concelhias.

"Nuns casos [a candidatura autárquica] será pelo nosso pé, noutros casos será em coligações, noutros casos poderá ser apoiando independentes que se revejam também naquilo que são as linhas do CDS", adiantou a líder do CDS-PP, na Mêda, Guarda, onde o partido realiza o seu Conselho Nacional.

O Conselho Nacional aprovou hoje, por unanimidade, o novo regulamento para as eleições autárquicas de 2017.

"Não há uma solução que seja válida para todos os concelhos, mas há uma ambição que é válida para todos os concelhos, que é crescer na nossa representação e naquilo que é a presença efetiva das ideias e das pessoas do CDS", garantiu.

Em declarações aos jornalistas, Assunção Cristas referiu que, no processo de escolha dos candidatos, "a primeira palavra" será das estruturas concelhias.

"As estruturas concelhias farão a sua avaliação. Em muitas situações onde há coligações a correr bem, com o PSD - eu lembro que nós governamos 22 câmaras com o PSD - poderá fazer sentido continuar ou não", indicou.

Essa é uma avaliação, disse, que tem de ser feita, "em primeira linha", pelas estruturas concelhias e por quem está "envolvido na governação autárquica através da vereação".

"Temos outras soluções. Temos duas câmaras que são governadas por independentes com o apoio desde a primeira hora do CDS, é o caso do Porto e o caso de Aguiar da Beira. E depois temos, naturalmente, cinco câmaras municipais que são governadas sozinhas pelo CDS, desde Ponte de Lima até aos Açores e à Madeira", acrescentou.

Assunção Cristas deu ainda o exemplo do município de Mêda, onde se encontrava, onde o CDS tem dois vereadores no atual executivo.

"Numa câmara de cinco [eleitos], dois são do PS, dois são do CDS e um é do PSD e, naturalmente, temos a ambição de apresentar uma candidatura vencedora nas próximas eleições autárquicas", afirmou.

O novo regulamento do CDS-PP para as eleições autárquicas de 2017 refere, entre outros pontos, que os candidatos que integrarem as listas serão escolhidos "tendo em conta a sua idoneidade, competência, representatividade e credibilidade local".

Refere ainda que as listas "podem, e devem, integrar candidatos da sociedade civil que se identifiquem com os valores do CDS-PP e, reconhecidamente, sejam uma mais-valia para o sucesso" das candidaturas.

Segundo o documento, os princípios da idoneidade, competência, representatividade e credibilidade também se aplicam às coligações.

Sobre o Programa de Estabilidade

À saída do Conselho Nacional, a presidente do CDS-PP, aproveitou para desafiar novamente o Governo a levar a votos o seu Programa de Estabilidade, por considerar que "seria clarificador e relevante" para dar estabilidade ao país.

"Nós continuamos sem o conhecer, lamentavelmente. Entendemos que deveria ser feito um debate mais largo, a par e passo com aquele que está a ser feito para o plano nacional de reformas", disse hoje a líder do CDS-PP na Mêda, Guarda, onde o partido realiza o seu Conselho Nacional. Aquilo que o CDS continua a perguntar é: "quais são as medidas do Plano B e o que é que está no Programa de Estabilidade".

Em declarações aos jornalistas, Assunção Cristas disse que levar o Programa de Estabilidade a votos "não foi o entendimento do Governo", mas, em sua opinião, "seria clarificador e relevante para dar estabilidade ao país".

"Em todo o caso, nós continuamos à espera de saber o que está nesse Programa de Estabilidade e desafiamos, já que de estabilidade estamos a falar, desafiamos o Governo, mas também os partidos das esquerdas mais radicais que o apoiam, o PCP e o BE, a conferirem e aferirem da estabilidade do seu apoio ao Governo através de uma apresentação e de uma votação desse Programa de Estabilidade no Parlamento, juntamente com a votação do programa nacional de reformas", afirmou.

 

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