Catarina Martins: “A determinação do BE mudou o mapa político de Portugal”

Porta-voz do BE congratula-se com resultado de Marisa Matias, “o maior de sempre da área política do Bloco”.

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Marisa Matias foi terceira nestas eleições com mais de 10% dos votos Paulo Pimenta

A porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, considerou neste domingo que o resultado de Marisa Matias é “enorme" numas "presidenciais à esquerda, o maior de sempre da área política do Bloco de Esquerda”. Um resultado que “não é um acaso”, mas vem da “entrega”, “determinação”, “combatividade” de Marisa, elencou. Catarina Martins está certa de que “as sementes desta campanha darão frutos”.

A candidatura tinha traçado três objectivos: haver uma segunda volta; levantar questões “essenciais do nosso tempo” e que “vão desafiar” o Presidente da República nos próximos anos; e dar “mais força” no caminho contra a austeridade, ou seja, “expressar” a “alternativa” que o BE representa no Parlamento e nos movimentos sociais. O primeiro não foi alcançado, reconheceu, “com toda a tranquilidade de quem fez tudo o que podia”. Marisa Matias “bateu-se como ninguém”, disse.

Catarina Martins alertou, porém: “A vitória da direita nestas eleições é uma derrota para esquerda da qual devemos retirar lições. A ambiguidade não mobiliza ninguém e a desistência é sempre o pior dos caminhos. Nunca é o caminho do BE.”

A porta-voz do Bloco assegurou depois que o Presidente da República contará com a “lealdade institucional” do BE, que não desistirá, no entanto, “da luta” contra a austeridade e pela defesa do Estado Social. Esse caminho saiu, aliás, “reforçado” por terem atingido os outros dois objectivos. Até porque Marisa Matias colocou estes temas na campanha: a defesa dos direitos constitucionais, da saúde, da educação, contra a destruição feita pela austeridade, enumerou.

“Depois das legislativas de Outubro, estas eleições confirmam o que muitos não queriam perceber: a determinação do BE mudou o mapa político de Portugal”, disse, acrescentando que o BE “é a força fundamental para essa política de confiança”. E deixou uma mensagem à direita, aos poderes europeus e ao Governo — a “razão pela qual o BE cresce” é porque “são cada vez mais” em Portugal as pessoas que “não se resignam”.

O caminho feito por esta candidatura — por Marisa e pelo BE — “não é fácil”, mas “já está a mudar o país”, disse ainda. Referiu-se a um “campo político” que tem vindo a crescer, que “defende o país contra quem quer” condená-lo à pobreza. “É um caminho longo”, reconheceu.

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