Cartas ao director

O pelicano do Montepio

O pelicano debruçado sobre as suas crias é o símbolo do Montepio Geral. A ave da família dos Falacrocoracídeos simboliza o altruísmo e solidariedade. Após a revelação do PÚBLICO de uma “cratera” de 107 milhões de euros nos capitais próprios, Tomás Correia, presidente da mutualista veio a público dizer que o Montepio não vai partilhar do destino do BES e do BANIF.

Espero que os mais de 600 mil associados efectivos da instituição supervisionada pelo Ministério do Trabalho e Segurança Social não vejam o pelicano sair do ninho. Lembrando a frase de culto de Tintim: “Desta vez, acho que temos uma pista”.

Ademar Costa, Póvoa de Varzim

 

Um assunto sem acasos

Na fuga de milhões para offshores a Paulo Núncio não basta dizer que assume toda a responsabilidade política para o assunto ficar resolvido, depois de num primeiro momento ter atirado toda a responsabilidade para a Autoridade Tributária. Para Paulo Núncio está tudo bem, mesmo depois de ter colocado os interesses dos seus anteriores "clientes" à frente de tudo, inclusive do próprio interesse nacional. Paulo Núncio como especialista que é em toda a matéria relacionada com offshores fez o que fez não por um qualquer acaso, mas agindo de forma premeditada e bem pensada, e por isso não pode  ser defendido nos termos em que o fez Assunção Cristas.

Não há acasos em assuntos como este. O caso de Paulo Núncio deveria servir para que as pessoas que por actuação propositada ou omissa prejudiquem o país, passassem a sofrer as consequências. Como não se pode exigir que paguem o prejuízo causado deveriam, sem qualquer dúvida, serem julgadas e se condenadas, a pena de prisão deveria ser efectiva. Paulo Núncio ao dar as respostas que deu no Parlamento mostrou que não tem ponta de vergonha.

Manuel Morato Gomes, Senhora da Hora

 

Nomeação não recomendada

Assunção Cristas indignou-se por uma questão colocada sobre Paulo Núncio. “Se as pessoas não podem ter uma carreira profissional antes de integrar o governo, então temos um problema sério!” Mais palavra menos palavra, foi isto que disse quanto à adequabilidade do perfil de Núncio para secretário de Estado dos Assuntos Fiscais.

Ter uma sólida carreira profissional não só é desejável como devia ser condição sine qua non para quem deseje fazer o sacrifício de servir a causa pública. Muito melhor que chegar a primeiro-ministro a fazer política nas jotas, com empregos oferecidos por patronos e cursos tirados à pressa depois dos 40! Com ou sem equivalências…!

Mas a líder do CDS/PP sabe que não é isso que está em causa! A carreira de jurista especializado em questões fiscais de Paulo Núncio em empresas com o objectivo de minimizar senão mesmo evitar o pagamento de impostos ao Estado, através de “criativos” planeamentos fiscais ou da criação de empresas em paraísos fiscais. Dadas as relações profissionais e pessoais que teve que manter, nada recomendaria a sua nomeação.

Hélder Pancada, Sobreda

 

 

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