Cartas ao director

Todos os dias

Como diz o Presidente da República há uma certa acalmia nas relações politicas no nosso país mas todos os dias a comunicação social nos trás informações de comportamentos pouco correctos de portugueses que tiveram cargos importantes (e alguns ainda os detêm). Alguns, quando interrogados publicamente, até prestam informações que logo no dia seguinte afinal não são como foi transmitido

Tinham ligações ao cargo que foram desempenhar? Não! Afinal eram só representantes de mais de meia dúzia de interesses interligados. Deviam ter declarado uns milhões oferecidos por um amigo? Sim, mas o contabilista esqueceu-se e parece que esses milhões foram repartidos por mais uns amigos.

Quando tantos portugueses não conseguem, com os seus ordenados de mais de 40 horas de trabalho, colocar na mesa dos filhos ao menos um prato de sopa ficamos chocados pelas desigualdades que vamos sabendo.

Maria Clotilde Moreira, Algés

 

A banalidade dos paraísos fiscais

Para quem por cá anda há muito tempo, estranha que práticas tenebrosas sejam aceites com a maior das calmas. Advogam que são outros tempos e é verdade, não deixando por isso de serem tenebrosas. Para pôr o dinheirinho, por vezes sujo, bem escondido, lá estava a neutral Suíça com as contas “anónimas”.

Embora já há muitos anos existam paraísos fiscais, a coisa tornou-se banal e aceite como normal, desde o momento que os impostos estejam regularizados(!), coisa que pelo que se tem passado recentemente, não há certeza. A saída “legal” do país de10 mil milhões de euros para o Panamá, quer queiram quer não é uma afronta a todo e qualquer cidadão ou cidadã.

A figura triste que o Sr. Paulo Núncio protagonizou na Assembleia da República, bem secundado pela sua chefe, é a prova provada da falta de ética e vergonha que campeia.  Curiosamente ou não, ninguém questiona a saída do país, mesmo legal,  de um montante daquele volume,  de um país que precisa de fundos como pão para a boca, com a agravante, de ser a maior parte oriunda do “próspero” e consolidado Novo Banco, “filho” do BES,  causador da perda fraudulenta de milhões de euros a centenas de clientes.

Carlos Augusto da Rosa Leal, Lisboa

 

Os altos patrocínios da Presidência de República

Adriano Moreira, Ribeiro e Castro e Manuel Monteiro, três figuras públicas com ligações mais ou menos explicitas ao CDS/PP , mas distanciados da direcção do partido, vieram anunciar jornadas de reflexão sobre a Democracia Cristã a realizar um pouco por tidos o país  com o alto patrocínio do Presidente da República.

Que o Presidente da República não acompanha as direcções partidárias, já o sabíamos por ser entendimento de Marcelo Rebelo Sousa que não se deve imiscuir em assuntos partidários. Mas sendo assuntos contra partidários, já aquele excelentíssimo senhor pode prestar-lhes o seu Alto Patrocínio. Bem fizeram os contestatários do PSD que vão almoçar a Fátima, perto da Rotunda dos Pastorinhos num dia 13.

Altos Patrocínios só os da Senhora de Fátima!

Carlos Macieira Anjos, Lisboa

 

 

 

 

Sugerir correcção
Comentar