Cartas ao director

Santana Castilho tem razão

Na leitura do artigo de opinião de Santana Castilho, vi expresso o sentimento de uma grande parte dos professores com que partilho o meu dia-a-dia: querem trabalhar, mas não querem servir de cobaias para todos que se apresentam para liderar o Ministério da Educação.

Naturalmente, todas as ideias contempladas na proposta das "competências" agora apresentadas, são e sempre foram desenvolvidas nos diversos curricula no nosso sistema de ensino. Podemos concordar num ajustar de tempos dedicados a uma outra parte dos saberes; é natural, os tempos mudam. O que já não serve, é esta espécie de inquietação de apresentar serviço, quando se esquece daqueles que o têm de fazer. Santana Castilho tem razão.

Gens Ramos,Porto

 

Nada de novo

Não parece acontecer nada de novo. Alguém sabe como ficou ou vai ficar aquela coisa do salário mínimo com TSU bonificada? A CGD precisa de ganhar a vida como banco bem gerido, pelo menos deixar de a perder como instrumento tático do partido do poder. A trapalhada que viveu (ainda vive?) durante meses e que agora fatalmente se decanta, prova o seguinte. O estatuto de gestor público não permitia (permite?) contratar os profissionais necessários e os políticos mentem o que for preciso para flutuarem na porcaria que fazem.

Nada de novo e muito menos o facto de o primeiro-ministro garantir a pés juntinhos que ninguém mentiu Os juros da dívida pública estão a subir. É uma novidade. Outra novidade, é o Presidente garantir que, globalmente, a coisa está bem e a melhorar. Os transportes públicos, de privatização suspensa ou revertida, continuam em degradação, mas isso é ainda culpa da troika. Até à próxima, a culpa será sempre da anterior.

Reformas e políticas de fundo, feitas e pensadas um bocadito para lá dos títulos da imprensa de amanhã ou do próximo discurso no Parlamento, não vejo. Novidade talvez seja um Presidente que ainda não descobriu que quem muito fala, pouco acerta… ou talvez nem isso seja notícia.

Carlos J F Sampaio, Esposende

 

Costa-Marcelo é melhor do que Passos-Cavaco

O caso dos SMS não abalou nem beliscou a coabitação entre Marcelo e Costa. Tanto o Presidente da República como o primeiro-ministro sabem que é do interesse nacional manter um bom relacionamento. A guerrilha institucional, que, felizmente, parece arredada deste novo ciclo, só descredibiliza a política e não serve o país. É justo sublinhar que Marcelo não tem criado dificuldades ao Governo e tem sabido agir em função do que considera melhor para Portugal.

O único reparo que faço é a sua excessiva exposição. Só ganharia em ser menos frenético. Mas ele já disse: cada Presidente tem o seu estilo! O PSD, pelo seu lado, deve ver que Marcelo não é o Presidente de um partido, mas de todos os portugueses. E há outra evidência – a dupla Costa-Marcelo é bem melhor do que a de Passos-Cavaco.

Simões Ilharco, Lisboa

 

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