Cartas ao director

Desconcertação do PSD e de Passos Coelho

Desorientação pura e dura afecta o PSD e o seu presidente Pedro Passos Coelho, com a intenção anunciada de ajudar a eliminar o injusto bónus do PS ao patronato sobre a TSU, no salário mínimo.

Depois do diabo e reis magos ignorarem o seu apelo lancinante, PSD e .Passos Coelho agora negam a concertação em que sempre juraram acreditar, colocando patronato e UGT com os olhos em bico.

Ernesto Silva , Vila Nova de Gaia

 

Jornalismo: Autodestruição ou (auto)reconstrução?

 

“Jornalismo. Este caminho pode levar-nos à autodestruição”. É o título de um artigo, assinado por Ana Cristina Pereira, no PÚBLICO de 12/1/2017. Sim, o prognóstico é plausível. Como se pode ter comunicação social com concentração do poder económico sobre os órgãos de comunicação comercial?

Como podemos ter profissionalismo e deontologia profissional no trabalho dos jornalistas quando grassa a precariedade, a sobre intensificação do trabalho (em ritmo e duração), os salários baixos (em contraste com uns poucos chorudos...), a desigualdade, a discriminação, o desemprego (efectivo, do próprio e ameaçador, o dos outros...) e, consequentemente, a falta de autonomia, a falta de independência? Se bem que apenas no sentido pejorativo, Adam Smith ("Inquérito sobre a Riqueza das Nações") tinha alguma razão, há 230 anos, quando dizia haver uma "mão invisivel" do mercado.

Yves Clot ("em A Função Psicológica do Trabalho") tem toda a razão quando alerta para que "o trabalho tem um braço longo". A OIT tem razão quando alerta desde há um sécul, sobre a "centralidade social do trabalho".

Mas há uma palavra a destacar no título deste (excelente) artigo: "Autodestruição". “AUTO”: “destruição” ou reconstrução?

 

João Fraga de Oliveira, Santa Cruz da Trapa

Esforços Inglórios

António Costa visitou a Índia com o objectivo de estimular as relações comerciais e as exportações. Portugal possui um enorme défice comercial em relação à antiga colonia, em virtude das restrições impostas à generalidade dos bens estrangeiros      através de elevadas tarifas aduaneiras, pagamentos “ocultos” para desbloquear processos como a obtenção de licenças. Por outro lado as empresas têm de recorrer a pelos menos 2/3 dos fornecimentos a operadoras locais, de má qualidade e demasiado onerosos. Além disso, a Índia é composta por um emaranhado de regiões autónomas com elevado nível de autonomia, o que se reflecte num complexo sistema fiscal

Assim sendo, apesar de considerar positivos os esforços do governo, os seus resultados para a economia nacional serão nulos e apenas contribuirão para agravar o nosso défice comercial, uma vez que as autoridades indianas procurarão obter maiores facilidades de acesso dos seus cidadãos/bens ao nosso país. Neste sentido, seria bem mais interessante promover o diálogo com outros países de maior interesse para o mercado mundial, nomeadamente Japão, Singapura ou Malásia.

João António do Poço Ramos, Póvoa de Varzim,

 

 

 

 

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