Cartas ao director

Deplorável

Como leitor e assinante do jornal PÚBLICO desde o primeiro dia escrevo a deplorar o destaque e as duas páginas de texto dado ao "caso da manteiga" no filme O Último Tango em Paris. Os critérios a que me habituei nas escolhas editoriais do jornal não são os do sensacionalismo colocado em destaque na primeira página, mais associados aos diários conhecidos por "tablóides", e que o desenvolvimento da reportagem e as opiniões expressas só confirmam - a "não história" e o vazio do tema da forma como é tratado.

Pobre Maria Schneider que não estava "disponível" para dar também a sua opinião. Sem escrever com esse sentido a crónica do António Pedro Vasconcelos conclui de forma sensata - "valeu a pena?".

João Cabral, Lisboa

 

O PÚBLICO  e o Vá-Vá

Na secção Local de domingo o PÚBLICO faz uma agradável recordação do Vá-Vá deixando-nos apreensivos pelas dificuldades que existem para a sua actualização e até manutenção.

O Vá-Vá é um daqueles espaços lisboetas que são história da cidade e é importante que seja encontrada solução para a sua continuidade.

Todos os meses no segundo sábado de cada mês, pelas 15h00,  é o local escolhido para nos juntarmos e ali dizer poesia. Estou a falar da APP – Associação Portuguesa de Poetas. E assim no próximo sábado – 10 de Dezembro além dos nossos versos muitos irão referir este ponto de situação que o PÚBLICO nos trouxe.

Maria Clotilde Moreira, Algés

 

Migalhas do Salário Mínimo Nacional

As Confederações patronais são a favor duma política de empobrecimento, já que usam a concertação social como trincheira para alterar a seu favor o modelo laboral, impondo salários baixos. O regresso ao passado não pode acontecer com trabalhadores a ganhar salários míseros que darão reformas minguadas. 

O aumento do Salário mínimo Nacional (SMN) não originou desemprego nem encerramento de empresas. A pretexto da competitividade, o trabalho foi precarizado e o horário de trabalho desregulado (trabalha-se mais de 8 horas por jornada e não se recebe o valor das horas extras). É preciso melhorar a qualidade de emprego, erradicar as soluções de instabilidade laboral e retomar a contratualização colectiva.

Apesar de conhecerem há um ano o valor do SMN proposto pelo Governo, as Confederações patronais - ainda preparam as suas propostas… encarando o aumento com estafada relutância máxima. O presidente da Confederação do Comércio tem a sem vergonha de exigir contrapartidas estatais, para os patrões aumentarem o SMN. Assim: Os salários serão subsidiados por todos nós! Qualquer valor do SMN abaixo de 557 euros é uma esmola que exige uma posição sindical - firme.    Mais importante ainda do que concertar posições é implementar um SMN que dê alguma dignidade a quem trabalha. 

Vítor Colaço Santos, S João das Lampas

 

 

 

 

 

 

 

 

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