Carmona coordena programa de Marco Almeida em Sintra

O movimento Sintrenses com Marco Almeida considera que Carmona Rodrigues tem “bagagem mais do que suficiente para ajudar a alavancar o sucesso”.

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Carmona Rodrigues vai desenhar programa eleitoral de Marco Almeida EVR ENRIC VIVES-RUBIO

Sintra é, a seguir a Lisboa, o concelho onde o ex-governante e autarca Carmona Rodrigues mais tempo passa. É o próprio quem o diz quando avança razões para justificar o seu envolvimento na candidatura do independente Marco Almeida à Câmara de Sintra, nas próximas autárquicas. Carmona Rodrigues, que já foi presidente da autarquia de Lisboa, aceitou, com entusiasmo, coordenar o programa eleitoral do movimento Sintrenses com Marco Almeida.

Vários motivos levaram Carmona Rodrigues a aceitar ser o coordenador deste programa: já estar envolvido naquela iniciativa desde as últimas autárquicas, rever-se no movimento e no candidato, considerar “muito importante” o trabalho que este tem feito. “Recebi este convite e aceitei com muito gosto. Fiquei entusiasmado”, diz ao PÚBLICO.

Sem querer adiantar detalhes, Carmona Rodrigues admite, porém, que já tem ideias para a equipa que quer ter a trabalhar no programa. Só não adianta para já nomes (nas áreas do ambiente, das questões sociais, da cultura, do desenvolvimento económico, do urbanismo) por ter primeiro de concertar posições com Marco Almeida.

Certo é que não vai trabalhar de forma “isolada”. Quer perceber, em conjunto com Marco Almeida e o movimento, quem são as pessoas que devem ser ouvidas para a elaboração do programa eleitoral. “Conheço boa parte do concelho, mas não conheço tudo. Não vou ser o único autor do programa, vou ter uma equipa a trabalhar”, diz Carmona Rodrigues que, desde que se afastou da vida política, tem estado dedicado à Universidade Nova e –  há dois anos e a convite de Paulo Vistas –  à administração do Taguspark.

Se tem saudades da vida política? “Uma pessoa que passa por estas coisas fica com gosto, mas não tenho intenção agora de voltar a ter cargos políticos. Neste momento, não penso nisso. Amanhã não se sabe, tenho recebido muitos convites, mas não quero agora. Prefiro apoiar boas causas, disponibilizar a minha experiência [para projectos] em que acredito, que fazem falta. E acho que este vai ser muito bom para o concelho de Sintra. Neste momento, prefiro estar na retaguarda”, sublinha.

Num comunicado enviado ao PÚBLICO, o movimento Sintrenses com Marco Almeida considera que Carmona Rodrigues tem “bagagem mais do que suficiente para ajudar a alavancar o sucesso que se pretende extensivo aos diferentes órgãos autárquicos”. Na nota, o movimento destaca ainda o facto de Carmona ter casa de família em Colares – onde passa, desde a infância, férias e fins-de-semana - e de acompanhar “com especial atenção a gestão municipal e o destino” de Sintra. É presidente da Assembleia Geral da Associação da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Colares.

Carmona Rodrigues fez parte dos governos de Cavaco Silva e de Durão Barroso e foi também o nome escolhido pelo PSD para substituir Pedro Santana Lopes na liderança da Câmara Municipal de Lisboa, depois de este ter sido indigitado primeiro-ministro em 2004. Em 2005, foi o candidato do PSD e ganhou. Mais tarde, candidatou-se como independente, mas não ganhou.

Também Marco Almeida faz parte da lista de independentes que concorrem às autarquias. Nas últimas autárquicas, o PSD não o quis apoiar. Mas o ex-vice-presidente da Câmara de Sintra concorreu na mesma como independente. Não ganhou, mas o PSD, que apoiou Pedro Pinto, também não. Venceu o PS, com Basílio Horta. Agora, nas próximas eleições autárquicas, Marco Almeida, afastado do PSD (mas que poderá contar com o apoio do partido), volta a candidatar-se como independente pelo Movimento Sintrenses com Marco Almeida. 

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