Bragança Fernandes quer liderar PSD-Porto: “Estou habituado a ganhar eleições”

Distrital social-democrata vai a votos no dia 23 de Julho e Bragança Fernandes é para já o único candidato assumido.

Fotogaleria
António Bragança Fernandes à chegada ao almoço neste sábado Nelson Garrido
Fotogaleria
Nelson Garrido

António Bragança Fernandes, que preside há 26 anos à Câmara da Maia, vai candidatar-se à liderança do PSD-Porto, a maior distrital do partido, cujas eleições estão marcadas para 23 de Julho. A candidatura será apresentada na primeira semana de Julho.

A actual direcção da distrital, liderada pelo deputado Virgílio Macedo, demitiu-se em bloco na passada segunda-feira, no decorrer da assembleia distrital, depois de um grupo de militantes ter defendido eleições antecipadas com o argumento de que o processo eleitoral das autárquicas deve ser conduzido por uma nova equipa distrital.

O autarca esteve reunido este sábado com cerca de 80 militantes num almoço na Estalagem da Via Norte, em Matosinhos, com quem debateu o projecto com que se vai candidatar. As ausências mais notadas neste encontro, em que estiveram presidentes de câmara, líderes de concelhias, deputados, ex-deputados, representantes da JSD (Juventude Social-Democrata) e dos TSD (Trabalhadores Sociais-Democratas), foram as do vice-presidente do partido, Marco António Costa, que tinha sido anunciada e que só não aconteceu por motivos de agenda, e a do presidente da concelhia, Miguel Seabra. A concelhia do Porto foi a única estrutura do partido do distrito que não se fez representar, segundo foi revelado.

Apresentando-se como um “homem de consensos” habituado às “vitórias”, Bragança Fernandes alude à sua “experiência autárquica e de proximidade” para dizer que se sente preparado para assumir a liderança da distrital. Quero sentir o pulsar dos militantes do PSD no distrito. Quero ser o elo de ligação", afirmou, acrescentando que é sua intenção “descentralizar, levando o partido às secções”.

“Sou um homem de consensos, sou um homem que gosta de fazer consensos, traço o meu destino, aponto a minha meta e tento seguir este rumo com vista a alcançar os meus objectivos que se traduzem em vitórias. Foi sempre assim e vai continuar assim”, afirma, vincando que o seu “rumo é o rumo da disciplina, da credibilidade, da proximidade e do humanismo”. Para o agora candidato, há uma outra marca importante - a “marca da união”. “Um partido sem união é um partido distante, sem força, e uma candidatura desunida é uma candidatura perdida”, vaticina.

Numa altura em que não é ainda garantido que haja uma só candidatura à liderança da distrital – o deputado Paulo Rios já disse estar disponível para assumir uma candidatura ao PSD-Porto” -, o presidente da Câmara da Maia enfatiza as suas vitórias autárquicas: ”Estou habituado a ganhar eleições”.

Segundo fontes sociais-democratas, a questão da Câmara do Porto foi debatida no almoço, mas o candidato, que quer ganhar a maioria das câmaras municipais e juntas de freguesia no distrito no próximo ano, não abriu o jogo. “Esse assunto é para falar com a minha futura equipa e para falar com os órgãos nacionais e com a comissão autárquica [liderada por Carlos Carreiras] ”.

A concelhia do Porto convocou para quinta-feira uma reunião de militantes para discutir  a demissão da equipa distrital e perceber se há espaço para o aparecimento de uma outra candidatura.

 

Sugerir correcção
Comentar