BE alerta para falta de algumas vacinas para bebés num centro de saúde em Almada

“Uma falha de stock” que é considerada “muito preocupante” pelos bloquistas.

Foto
BE enviou pergunta ao Ministério da Saúde sobre falta de vacinas fau fabio augusto

O alerta parte do Bloco de Esquerda que já enviou um documento com perguntas ao Ministério da Saúde. Os bloquistas, tal como o PCP, receberam queixas segundo as quais estão esgotadas vacinas para bebés de quatro meses no Centro de Saúde do Laranjeiro/Feijó, que integra o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Almada/Seixal. De acordo com o Bloco, estão esgotadas há três meses, apesar de estarem previstas no Plano Nacional de Vacinação.

O Bloco quer saber se o Ministério da Saúde tem conhecimento desta situação e, “se sim, que medidas estão a ser tomadas para a reposição do stock de vacinas e/ou para responder às crianças que ficam sem as tomar nos tempos recomentados no Plano Nacional de Vacinação?”. O partido questiona ainda a tutela sobre se há situações semelhantes noutros centros de saúde.

“Segundo a denúncia que nos foi dirigida, a informação das vacinas esgotadas é dada aos pais das crianças, a par do pedido de um contacto directo para aviso aquando da reposição do stock. Os pais e as crianças não têm, portanto, a indicação de uma solução alternativa”, escreve o Bloco no texto enviado ao Governo.

“O Plano Nacional de Vacinação de 2017, conforme consta no site da Direcção-Geral de Saúde, prevê que, às crianças com quatro meses de idade, devem ser administradas as segundas doses das vacinas que, conforme recomendação, foram tomadas aos dois meses de idade”, lembra o Bloco que acrescenta que “uma falha de stock que permanece sem solução desde há três meses e sem prazo de resolução prevista” é “muito preocupante, dado que os objectivos de prevenção poderão ser colocados em risco e, sobretudo, a saúde das crianças não vacinadas e de eventuais terceiros”.

O Bloco relembra ainda os recentes casos de sarampo para sublinhar a urgência de regularizar a situação: “Atendendo ainda à actual discussão em torno da importância da vacinação das crianças e jovens, bem como da sensibilização dos pais para os ganhos individuais e sociais deste tipo de medida de saúde preventiva, a propósito dos recentes casos registados de sarampo, o Bloco de Esquerda considera que a situação tem de ser regularizada o mais depressa possível ou, de forma responsável, deve ser encontrada uma solução alternativa, através do reencaminhamento para outras unidades de saúde, por exemplo.”

O PÚBLICO já pediu uma reacção ao Ministério da Saúde. 

Sugerir correcção
Comentar