Apoiantes de Nuno Melo preparam moção ao congresso

Portas fez short-list de candidatos e isso desagradou aos conselheiros nacionais.

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Nuno Melo não anunciou se é candidato BRUNO SIMÕES CASTANHEIRA

O porta-voz do CDS, o líder da distrital de Braga e um ex-deputado, todos apoiantes de Nuno Melo a candidato à liderança do CDS-PP, estão a preparar uma moção para apresentar no próximo congresso marcado para 12 e 13 de Março. O eurodeputado não anunciou a sua decisão sobre se é candidato, o que só deverá acontecer na próxima semana.  

A iniciativa partiu de três apoiantes de Nuno Melo: Filipe Lobo D’Ávila, porta-voz do CDS, Altino Bessa, líder da distrital de Braga e o ex-deputado por Aveiro Raul Almeida.

Esta sexta-feira à noite, antes do Conselho Nacional do partido, os apoiantes do vice-presidente já tiveram a primeira reunião preparatória do documento em que participaram também outros líderes de distritais como Hélder Amaral (Viseu), Abel Baptista (Viana do Castelo) Paulo Almeida (Coimbra), José Matafome (Santarém) e João Viegas (que deverá ser eleito este sábado líder da distrital de Setúbal). Estiveram ainda Artur Rego, antigo deputado eleito por Faro, e Fernando Barbosa, presidente da concelhia de Gaia. A moção será aberta a todos e reflectirá uma “actualização dos valores que sempre nortearam o partido”, segundo um dos impulsionadores da iniciativa. A moção de estratégia global pode ser discutida e votada sem ter associado nenhum candidato à liderança do partido, mas os candidatos têm de obrigatoriamente apresentar uma moção. 

No Conselho Nacional desta sexta-feira à noite, que decorreu à porta fechada, o líder do CDS, Paulo Portas, falou sobre o futuro do partido e defendeu que o seu sucessor deveria ser um nome consensualizado entre sete figuras do partido: Nuno Melo, Assunção Cristas, Telmo Correia, Nuno Magalhães, Cecília Meireles, Adolfo Mesquita Nunes e Filipe Anacoreta Correia. A short-list desagradou a muitos conselheiros nacionais que vêem nesta posição um condicionamento na escolha do partido sobre a sua futura liderança.

À saída, Paulo Portas disse aos jornalistas ter “a maior confiança na nova geração do CDS”, mas escusou-se a dar indicações sobre os candidatos ou sobre o seu futuro. “Não me perguntem onde vou estar daqui a dez anos. Se Deus me der saúde estarei bem concerteza e serei certamente do CDS”, disse.

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