António Borges: “O ideal era que os salários descessem”

“Ninguém quer um país de gente pobre”, diz consultor do Governo.

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Borges dá razão a Passos Coelho Miguel Manso

António Borges defendeu nesta quinta-feira que “o ideal era que os salários descessem como aconteceu noutros países como solução imediata para resolver o problema do desemprego".

Em entrevista à Rádio Renascença (RR), o consultor do Governo para as privatizações diz, porém, que o valor do actual salário mínimo (485 euros) deve ser mantido, salientando que o combate ao desemprego seria mais eficaz se os vencimentos fossem reduzidos.

“Ninguém quer um país de gente pobre, toda a gente quer um país próspero. Mas, antes disso, temos uma emergência nas mãos e a emergência é uma taxa de desemprego acima dos 17%”, acrescenta ainda à RR.

O antigo responsável do Fundo Monetário Internacional para a Europa diz não haver informação de que uma eventual redução do salário mínimo esteja a ser negociada entre o Governo e a troika. E afirma que o primeiro-ministro tem toda a razão em dizer que a única solução é manter o salário mínimo como está.

O salário mínimo nacional tem estado no centro de debate político com os partidos da oposição e centrais sindicais a pedirem o seu aumento, solução que o primeiro-ministro recusa.

Ainda nesta quinta-feira, Pedro Passos Coelho defendeu que o aumento no salário mínimo seria um “sobrecusto” para as empresas e que, no contexto actual do país, seria também uma “barreira” ao emprego.
 

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