A Europa e a defesa ambiental no primeiro dia das jornadas do Bloco

Fundos para projectos de expansão do projecto do Alqueva devem ser comunitários, defende Bloco. Pedro Filipe Soares fez visita ao local nas jornadas parlamentares.

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O Bloco no Alqueva DR

Em frente ao reservatório da Atalaia, no concelho de Moura, o grupo segura um mapa. O presidente do conselho de administração da Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva (EDIA), José Pedro Salema, vai explicando ao líder do grupo parlamentar do Bloco de Esquerda, Pedro Filipe Soares, como funciona a rede de distribuição da água, onde está o amendoal, o olival, entre outras informações. O bloquista ouve com atenção e, no final, anuncia um projecto de resolução que recomenda ao Governo o alargamento da rede de irrigação do Alqueva, a baixa do preço das águas para irrigação e a conversão energética da rede.

Nas jornadas parlamentares do BE, que decorrem no Alentejo, Pedro Filipe Soares afirmou que o Bloco defende, em primeiro lugar “o alargamento de distribuição da água, um objectivo que também é compartilhado pela EDIA”, que “tem benefícios” e que pode “aumentar a potencialidade” do Alqueva. Além disso, acrescentou ainda sobre o projecto de resolução bloquista, conseguindo, “com investimento público de qualidade, baixar o custo da água”, está a beneficiar-se a produção no país e, com isso, “a garantir também que tem mais impacto positivo este investimento”.

Antes, no Centro de Interpretação, no qual foi exibido um filme sobre o projecto do Alqueva, José Pedro Salema já tinha dito que, apesar das dívidas e constrangimentos orçamentais que enfrentam, um dos objectivos da EDIA passa por expandir o projecto do Alqueva. A ideia tem, porém, um custo de cerca de 150 milhões e ainda é uma incógnita se o dinheiro virá de fundos comunitários ou de entidades privadas.  

Pedro Filipe Soares acredita que tal é possível recorrendo a fundos comunitários, “através da reestruturação do quadro comunitário de apoio”: “Damos a latitude ao Governo para escolher como o possa fazer, consideramos que é essencial que possa ser feito esse caminho. Temos discutido muito a necessidade de ter investimento público capaz de criar emprego. Ora, temos aqui um bom exemplo de como isso se pode fazer. Investimento público de qualidade, que cria dinâmica económica, uma nova coesão territorial e regional, fixa populações no interior do país”, elencou.

O deputado considera, no entanto, que “é possível ir buscar” pelo menos uma parte do investimento a fundos comunitários: “Com estes objectivos, se conseguirmos ir buscar dinheiros comunitários para o fazer, e nós acreditamos que é possível ir buscar, pelo menos uma parte desse dinheiro, então temos um caminho para poder dar esses passos sustentados e sustentáveis no futuro”, disse.

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