2017 terá “o maior aumento de pensões da década”, diz BE

Catarina Martins considera que a maioria parlamentar está sólida para a aprovação do próximo orçamento, mas que é preciso reestruturar a dívida para conseguir promover o crescimento e criar emprego.

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Nuno Ferreira Santos
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A negociação do BE com o Governo para a construção do Orçamento do Estado para 2017 “não foi uma conversa fácil”, mas o resultado é suficiente para não colocar em causa o voto favorável do terceiro maior partido parlamentar.

“Estamos perante o maior aumento de pensões desta década, em que 80% das pensões terão um aumento extraordinário e todas serão actualizadas de acordo com a inflação”, salientou Catarina Martins aos jornalistas, na segunda ronda de audições que o Presidente da República está a promover com os partidos.

Sem querer antecipar o que será a discussão na especialidade do OE2017, nem mesmo sobre o não aumento das pensões mínimas, a porta-voz do BE não escondeu que há “divergências e preocupações” com o Governo, mas reservou essa discussão para o Parlamento.

Questionada sobre a possibilidade de uma ruptura com o Governo, a líder bloquista afirmou: “Não me parece que esse cenário esteja em cima da mesa”, mesmo que o consenso “nunca seja um trabalho acabado”.

Em Belém, Catarina Martins preferiu acentuar os aspectos positivos do orçamento: “O exercício de recuperação dos rendimentos do trabalho e a protecção dos serviços públicos e bens essenciais”.

Mas o BE insiste em defender a reestruturação da dívida pública, considerada “o maior problema do país”: “Para que haja investimento e criação de emprego, qualquer pessoa séria tem de dizer que é preciso reestruturar a dívida”.

 Catarina Martins afirmou mesmo que o BE coloca esta questão em cima da mesa “todos os dias”, mas sabe que “é preciso que exista uma maioria política para avançar e o PS não constrói essa maioria”.

Divergências com o PS tem também o BE em relação ao sistema financeiro, agora em relação aos salários dos administradores da Caixa Geral de Depósitos como antes no plano de reestruturação do Banif, em que o Bloco votou contra. Catarina Martins lembrou que, nestas matérias, quem vota ao lado do PS tem sido o PSD, apontando o que chama de “bloco central” sobre o sistema financeiro.

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