PS diz que conseguiu amenizar “violência e injustiças” das propostas do Governo

O PS considerou que as votações desta segunda-feira na especialidade do Orçamento provaram que a “violência e injustiça” das propostas do Governo não teriam sido “amenizadas” sem a pressão política exercida pelos socialistas.

A posição foi transmitida em conferência de imprensa pelo porta-voz do PS, João Ribeiro, a meio de uma reunião do Secretariado Nacional do PS.

Antes de anunciar a realização na próxima semana de uma Comissão Política do PS para discutir a situação política europeia, João Ribeiro referiu-se à aprovação, esta manhã, de propostas de alteração do PSD/CDS para suavizar os cortes nos subsídios de férias e de Natal dos trabalhadores do sector público e dos pensionistas.

“Sem o PS o Orçamento não teria sido alterado e ficou hoje provado que há sempre alternativas. Foi em resultado da pressão política do PS e do caminho alternativo apresentado que foi possível amenizar a violência e injustiça do Orçamento da maioria absoluta do PSD/CDS - violência e injustiça que se mantêm”, sustentou João Ribeiro.

Nas votações de especialidade do Orçamento, o PS absteve-se na proposta da maioria de introduzir uma modelação dos cortes entre os 600 e os 1100 euros, mas votou contra a proposta de cortar integralmente os subsídios de férias e de natal a partir dos 1100 euros mensais.

Na conferência de imprensa, o porta-voz do PS lamentou que Governo e maioria PSD/CDS se recusassem a devolver um dos salários aos pensionistas e trabalhadores do sector público, dizendo que “não foram tão longe quanto podiam”.

“No actual quadro de maioria absoluta, o PS lutou até ao fim para permitir uma repartição de sacrifícios menos injusta, mas Governo e maioria mostraram-se intransigentes”, considerou.

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